Cap.79

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Enquanto andava para fora da faculdade, avistei o carro do Thiago. Olhei cerrando os olhos, esperando ver se era ele mesmo. Mas, para a minha decepção, era ele.

Passei o dia pensando sobre oque ele "falou". Ou foi coisa da minha cabeça ou ele me pediu mesmo em namoro. Claro que não iria recusar, sei lá. Todo mundo sabe a minha vida muito complicada, mas, por que não tentar? Pode dar certo né? Olha oque você tá pensando, Lilian. Isso é só coisa da sua cabeça.

   Quis me bater por ser tão burra e imaginar coisas que não existem, entretanto, seria mais burra se me batesse na frente de todos os alunos da faculdade.

   Caminhei até o Thiago. Ele estava encostando no carro, suas mãos estavam dentro do bolso daquela calça formal. O tecido do terno destacando bem os seus músculos. Do lado dele eu sou oque? Uma pobre camponesa. Minha autoestima tá baixa, fui com Deus.

   Parei na sua frente, de braços cruzados. Ele sorriu para mim.

  — Então, vamos? Tô pensando em irmos jantar. Que tal um japa... ou uma pizza? Açaí? Talvez. - Ele pegou a bolsa do meu ombro, colocando dentro do banco de trás do carro.

   Respirei fundo enquanto observa seus movimentos.

  — Thiago... - Falei em um sussurrou baixo, quase que a maldita da minha voz não saí.

  — Você que escolhe oque quiser comer, hoje vai ser por sua conta. Só na parte de escolher, claro, quem vai pagar sou eu mesmo. - Ele sorriu e me puxou pela a cintura.

   Senti seus lábios na minha bochecha.

  — Tá tudo bem, Lilian? Tá calada. Oque houve? - Queria lhe dizer oque estava me deixando pensativa. Mas, não tinha coragem para nada.

  — É que...

  — Fala, minha loira gostosa. Tô aqui para te escutar. - Ele desamarrou o meu coque, fazendo com que os meus cabelos caíssem pelas as minhas costas.

   — Aqui não. A gente vai ser assaltado. - Ele alisava os meus cabelos com uma mão enquanto a outra acariciava a minha cintura.

   Me soltei do mesmo e dei a volta no carro, me sentando na cadeira do passageiro. Ele sentou ao meu lado depois de alguns segundos.

   O mesmo colocou o carro para andar. Andamos até a lanchonete em silêncio.

  — Oque você quer falar comigo? - Perguntou, enquanto ainda estávamos dentro do seu carro.

   Respirei fundo, tentando achar as melhores palavras para poder dizer a ele. É... estou exagerando pra caralho.

  — Fala Lilian! Oto curioso.

  — Então, Maria fifi. Eu tenho quase certeza que você me pediu em namoro, hoje de manhã. Eu não tenho problema com isso, sério. Depois de várias vezes tentando esconder esse sentimento, a gente podia tentar. Claro que não vai ser fácil ter você como namorado, mas, sempre tem uma primeira vez né? Pensa comigo...

  — Você é uma tagarela né? - O Thiago riu da minha cara.

   Olhei para o mesmo com uma sobrancelha arqueada. Não tô entendo nada, ué.

  — Sua idiota, você acabou com a supresa. - Ele tirou o cinto, se jogando em cima da mim.

  — Eu não acabei com nada. Ao contrário, você que acabou na hora que me disse aquilo de manhã.

  — Disfarça. Quero fazer um pedido bonitinho, pô. Minha língua sempre estraga tudo.

  — Positivo, capitão broxa. Aliás, oque você disse de manhã? Não me lembro.

  — Engraçadinha. - O mesmo selou os nossos lábios em um beijo rápido, logo depois, saímos do carro para comprar os lanches.

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