Cap.78

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Lilian

   Saí cedo de casa, faltava quase duas horas para o supermercado aonde eu trabalho abrir, mas, preferir sair cedo para não encontrar com o Thiago. Oque não funcionou. Quando ele me viu saindo do apartamento quase incorporou o flash.

   Seu carro preto estava ao meu lado. Me seguindo, as vezes, ele buzinava. Oque era um pouco chato. Como estávamos em uma rua esquisita, ninguém perguntava nada.

Cruzei os braços, bufando.

— Entra no carro, amor. Te deixo no trabalho. - Me derreti toda com o "amor". Ele nunca me chamou de amor, não que eu me lembre.

Não dei o braço a torcer. Continuei andando, sem olhar para o lado.

Foi difícil dormir ontem a noite. Oras, já estava me acostumando a dormir com um negócio encostando na minha bunda. Pensei nas quinhentas mil possibilidade do Marquinhos furar meu olho, mas, tentei distrair a minha cabeça ao máximo com uma sirica e fui dormir.

Se você não tem um pau, use os dedinhos.

— É sério, loirinha. Entra aqui, por favor. Passo na padaria.

Respirei fundo. Na verdade, estava morrendo de fome. Só de pensar em comida minha barriga ronca.

— Não é bom você gastar dinheiro comigo, tem que juntar para pagar o leite, nenhuma criança vai mamar nos meus peitos não. E aliás, não tô com fome. - Ah, eu estava morrendo de fome. Como estava. Mas, sou muito orgulhosa para admitir.

O carro parou de me seguir. Agradeci a Deus por ele ter ido embora, mas, depois de alguns minutos de felicidade, uma pessoa me abraçou por trás.

Ah não...

— Filho agora não, minha loira. Quero aproveitar a vida ainda. - O Thiago sussurrou, beijando o meu pescoço. — Aliás, não deu tempo de gozar. O Marquinhos atrapalhou, esqueceu?

— Claro, e o seu pré-gozo? Deve ter entrando no meu cu, filho da puta.

— Vai engravidar bosta é? Como vai ser o nome? Cocosvaldo?

Tentei não rir com a sua brincadeira sem graça, mas comecei a rir quando ele começou a fazer cócegas em mim.

— Para, Thiago!

— Tá brava ainda?

— Tô! Agora me solta, você é muito chato. - O sugar daddy me soltou. Arrumei a minha blusa e o meu cabelo.

Ele passou uma mão na minha nuca e outra me puxou pela a cintura.

— Meu sonhou. - Sussurrou, enquanto beijava o meu rosto.

  — Então acorde. - Escutei sua risada no pé do meu ouvido. Sua voz rouca. Aí meu Deus, eu tento entende? Eu tento não buscar o balde. Aliás, tenho que comprar outro. Esse meu já tá todo quebrado.

  — Você é muito difícil, dona Lilian. Não adianta você fugir de mim. Não adianta você se afogar em outros mares se é de mim que você sente sede.

  — Você é muito convencido. O seu marzinho não acaba com a minha sede.

  — Idiota. Por isso que eu não gosto de você, loirinha. Muito chata. - Ele selou os nossos lábios, em um beijo lento e apaixonado. Fiquei sem reação.

   Quando sua língua começou a dançar sexualmente com a minha, tomei coragem e levei as minhas mãos para as suas costas musculosa, por cima do tecido do terno.

   Sua mão apertou a minha cintura, fazendo uma pressão do meu corpo ao seu.

   Em um certo momento, o Thiago parou o beijo. Ele grudou as nossas testas. Ainda de olhos fechados e ofegante, escutei ele falar em um sussurro:

   "Namora comigo, loirinha"

   Quase tive um ataque cardíaco. Pensei que fosse coisa da minha imaginação, queria acreditar mesmo que era a minha mente querendo me pregar uma peça. Mas, ele sussurrou:

   "Eu gosto muito de você, mesmo"

   Fiquei sem palavras. Eu não sabia oque fazer. Então, tomei a decisão correta a se fazer.

   Me soltei das suas mãos, dei um passo para trás, colocando uma distância entre nós.

   Ele é muito engraçando né? Thiago piadas.

  — Oque você falou? - Ele passou a mão no cabelo.

  — Não era nada. Tava perguntando se você quer que eu te busque na faculdade, hoje.

  — Pode ser.

  — Bora? Tá ficando tarde. Vou buscar o carro. - Observei ele andar até o carro que estava estacionado no final da rua.

   Tá vendo? Era só coisa da minha cabeça. Eu preciso de um tratamento, urgentemente.

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