Cap.66

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Lilian

Estava preocupada com o Thiago. Mesmo a Anna não demostrando, ela também estava preocupada com o seu irmão. Oras, como uma pessoa some assim do nada?

A Anna pareceu com um pote de sorvete. Ela se sentou no sofá, provando o sorvete de morango.

— Não vai jantar? - Perguntei.

— Não, tô sem fome. Quando estou ansiosa, me dá uma vontade grande de comer sorvete. - Confessou, levando uma grande colherada de sorvete para a sua boca.

— Vem aí os meus sobrinhos?

— Minha rola.

A porta do apartamento se abriu, mostrando o Thiago quase desmaiando e o Marquinhos que tentava segurar o sugar daddy e algumas tralhas.

— Alguém pode me ajudar? Ele é pesado. - Gritou o Marquinhos, impedindo que o Thiago se deita-se no chão.

Fui até o mesmo. O Thiago me olhou sorrindo, e falou com uma voz embriagada:

— Como você chego aqui tão rápido, loirinha? Você tava lá e agora tá aqui. - Soltou uma risada alta, mostrando o quanto ele estava doido.

Quando menos esperava, fui abraçada pelo o sugar daddy. Seus braços me prendendo ao seu corpo, e seus lábios beijando o meu pescoço.

Olhei para o Marquinhos, que só ria. Revirei os olhos e tentei empurrar aquele homem, mas não serviu para nada.

— Você sabe que eu gosto de você né? - Sussurrou no meu ouvido. — Pode falar que gosta de mim também? Por favor.

— Thiago, você tá bêbado...

— Quando estamos bêbados, admitimos coisas que não temos coragem de falar sóbrios.

Respirei fundo, o cheiro de cerveja e de vômito entrou nas minhas narinas.

— Como você está bêbado, transfiram vinte e mil para a minha conta, e eu digo se esperava ou não.

— Quer que eu transfira? Eu transfiro, pô. Faço tudo por você, loirinha.

Da forma que ele falava, aquilo não parecia ser uma brincadeira. Estava me deixando sem graça, e o pior, estava começando acreditar que ele gostava mesmo de mim.

   Dei batidinhas na suas costas, para desmontar que ele já podia me soltar. Mas, como sempre, nada aconteceu.

   Olhei bravamente para a Anna e o Marquinhos, que riam da minha cara.

  — Você vai me dar banho? - Escutei o Thiago sussurrar no meu ouvido.

  — Tem que ser eu mesmo? - Sussurrei, meio preocupada com a sua resposta.
 
  — Claro que tem que ser você. Quem mais seria?
 
   Acabei confirmando com a cabeça e o levei para o banho. Colocando o mesmo de baixo da água gelada, ele começou a gritar e dar pulinhos para se esquentar.

  — Cuidado para não cair e quebrar a perna de novo, filho da puta. - Escutei sua risada. Recolhi suas roupas que estavam espalhadas pelo o chão e coloquei no cesto de roupa suja.

  — Passou o número para aquele menino mesmo, da praia? - Perguntou. Me virei com a sobrancelha arqueada. — Não é ciúmes, só tô curioso.

  — Vamos dizer que passei sim, oque você falaria?

  — Falaria que não tem problema. - Ele sorriu, do jeito mais falso do mundo.

  — Tem certeza? Não tá com ciúmes não né?

  — Claro que não. Por que eu, Thiago Barreto, teria ciúmes de você?

  — Porque você, Thiago com o sobrenome de barro, tem medo de perder seu chá. Admita, sugar daddy. - Abracei o seu corpo, nem me importando se aquilo molharia toda a minha camisola.

  — Se nada der certo até os trintas, você se casa comigo? - Ele sussurrou, perto do meu pescoço. Fiquei em choque, aquilo não era um pedido de casamento, correto?

  — Por que isso agora?

  — Porque sim. Oras. Se continuarmos solteiros até os trintas, nos casamos.

  — Você não será mais solteiro quando tiver trinta anos.

  — Se depender de você, vou ser sim. Como vou me relacionar com uma menina que só quer sentar no meu pau e mais nada? Não fala sobre sentimentos e nada.

  — Como vou me relacionar com um homem que transa com a minha irmã?

  — Passado está no passado. O meu futuro agora é com você, gostando ou não.

  — Termina o seu banho, idiota. Vou me secar.

   Me soltei do Thiago e fui para o quarto, deixei ele no banheiro pelo simples fato de tá com vergonha, e com certeza, minha bochecha tinha ficado vermelha da forma que ele falava comigo.

   "Você não quer relacionamento, Lilian. Você é bandida"
   Dois minutos depois: Oto boiola.

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