Thiago
Primeiro, eu quero saber como eu concordei com isso? Eu tenho total certeza que essa louca tava com uma arma apontada pra mim. Não é possível.
Estava pensando muito em ir pra casa ou... ficar pra ver até aonde essa loucura da Lilian vai.
Virei o meu drink, sentindo todo o álcool ardendo na minha garganta. Era a primeira vez em três meses que eu estou bebendo álcool, e olha só, já estava acostumado ficar longe disso.
Acendi um cigarro, olhando pra a Lilian dançar. Ela dançava freneticamente. Balançava os quadris como aquelas bonecas hula hula do Hawaii.
Soltei uma risadinha imaginando ela dançar com aquela roupa igual á da boneca.
Percebi que ela atraía alguns olhares, muitos aliás. Também, ela dançando igual uma louca vai atrair o olhar até do papa.
Um homem alto e um pouco musculoso foi o primeiro a se aproximar. Passou seu braço pela a cintura da mesma, dançando com os dois corpos colados. A Lilian não resmungou só continuou a dançar, passando as unhas pela a nuca dele...
Tirei o meu olhar dos dois, olhando pra um homem que estava passando mal. Vomitando puro álcool. O vômito do cara estava, certamente, mais interessante do que ver a Lilian beijando alguém.
Uma mulher de cabelos negros e curtos chegou até mim. A mesma se sentou ao meu lado, olhando para o nada.
— Sozinho, suponho. - Sorriu, bebendo um gole da sua... hum, supôs que era cerveja no seu copo.
— Acho que sim... - Falei, dando um trago no meu cigarro. Ela me olhou rindo. — Oque foi?
— Levou um bolo?
— Hum... não sei bem. Acho que não.
— Tudo seu é "acho que...". Você é muito difícil de conversar, sabia? - Soltei uma risada.
Olhei de lado pra Lilian, percebendo que a mesma agora dançava com cincos pessoas. Me perguntei como ela conseguia ser tão social.
— Bom, posso ver que foi aquela menina que te deu um bolo. Sua ex? - Decidi brincar também. Se a lilian pode, eu também, né?
— É.
— Pelo o seu olhar, você ainda é louco por ela. Meu cara, essa é a nossa vida. Ficamos apaixonado por algum idiota e bu, ele termina como se fomos um nada. É esse o ciclo. Ninguém tem o seu final feliz, sempre vai sofrer por alguém.
— É...
— Enfim, como é o seu nome?
— Thiago, Thiago Barreto. E o seu?
— Amélia, Amélia Clarke. Eu não sou daqui, na verdade.
— Bonito nome. Sua família é da onde? De Portugal?
— Londres. Foi quase.
— Estou tendo a honra de conversar com uma inglesa? Isso é uma sorte em tanto. A única pessoa que eu falei com uma pessoa tão chique... foi com uma fazendeira. - Ela riu.
— Sabe, marinheiro, você é muito legal? Pensava que você só era mais um homem louco pela a ex.
— Que primeira impressão horrível sobre mim, Amélia Clarke.
— Não vamos mentir. De longe, você parece obcecando pela a menina loira. A maioria das mulheres não veio aqui por conta do seu olhar pra loirinha. Acho que fui a única corajosa, e olha só, me dei bem. - Ela piscou pra mim. Sorrir pra mesma.
— Você também é legal.
— Levei um fora, vou embora.
— Calma, oque foi?
— Marinheiro, você está apaixonando pela a loirinha. Não quero ser um brinquedinho de ninguém. No entanto, podemos virar amigos. Esse é o meu número. - Pegou uma caneta de dentro da sua bolsa, escrevendo no guardanapo. - Se quiser marcar para beber ou comer alguma coisa, é só ligar.
Ela saiu dali. Peguei o papel nos meus dedos, olhando para a caligrafia muito bonita.
Em menos de alguns minutos, a Lilian veio correndo em minha direção. Coloquei o papel no bolso da calça.
— Então, beijou a menina que estava aqui? Ela era muito bonita. - A mesma pegou o copo da minha mão, tomando todo o líquido. Estava toda suada.
— Não, a gente só conversou. E você?
— Também não. - Ela abraçou o meu pescoço, beijando o canto da minha boca. — Quer ir pra casa? Tô cansada.
— Claro, Letícia. - Ela me deu língua.
Fomos pra fora do balada, esperando o nosso uber.
— Quem ganhou a aposta? - Falei com um sorriso de canto.
— Ninguém, mas, você poderia muito bem dançar pra mim só de cueca e gravata. Eu não iria reclamar de forma alguma.— Sonha, Letícia. Não vou expor o meu corpo de tamanha forma pra você.
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Logo Você?
RomanceLilian Vasconcelos, não pensa no amor e acha que é uma coisa inexistentes. Tem várias coisa para fazer na vida ainda, não pensa nem na possibilidade de se relacionar com alguém. Sua vida é baseada em seu pai, sua madrasta e sua irmã controlan...