Cap.45

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Thiago

Quando abrir a porta do quarto da Lilian, queria saber como a mesma estava. Se precisava conversar, de ajuda...

   Não sabia que a Isadora estaria vindo para aqui, mas, também tenho parte da culpa por não ter mandando a mesma embora. Preferir deixá-la no meu apartamento, esperando que a merda acontecesse.

Levei um susto quando não vi suas coisas ali. Nada estava no lugar, e as coisas que já estavam no quarto, antes da sua chegada, estavam todas bagunçadas.

   Iria correr, mas aí lembrei que estava com a perna quebrada.

  — Marquinhos, cadê a Lilian? Para onde ela foi? - Gritei, enquanto andava até a cozinha.

  — Não sei. A última vez que eu vi ela foi naquela hora.

  — Para onde ela foi, porra?! Levou roupa e as outras coisas.

  — E eu vou saber caralho. Liga aí para ela, porra!

   Puxei a cadeira e me sentei ali.

   Liguei, mas ela não atendeu. Resolvi mandar mensagem na esperança que ela me respondesse.

Thiago: Lilian, me responde.
Tô preocupando com você.
Aonde você tá?
Tá tudo bem?
Quer que eu vá buscar você?
Me liga, por favor.

Respirei fundo. Joguei meu celular de lado e levei minhas mãos a cabeça.

— Tá tudo bem? Ela atendeu? - O Marquinhos perguntou. Neguei com a cabeça.

— Não, não me atendeu e nem viu as minhas mensagens. Tô preocupado, não quero que ela faça alguma coisa que se arrependa. Não quero que ela vá embora.

— Para de ser dramático, a Lilian tá bem. Ela não iria abandonar o sugar daddy. - O Marquinhos deu tapinhas no meu ombro.

  — Espero mesmo que não. - Sussurrei, passando a mão no cabelo.

   Tinha feito merda e agora estava preocupada de ter acontecido alguma coisa com a Lilian. Eu não queria que ela sofresse mais, a mesma já passou por tanta coisa que chega a ser surpreendente.

   Passei bastante tempo olhando para o meu celular. Esperando uma resposta, uma ligação, qualquer coisa para me mostrar que ela estava bem ou viva, pelo menos.

   O barulho do Marquinhos comendo não estava dando certo. Já estava criando paranóia, e olha que só se passou meia hora.

   A campainha tocou. Me levantei rápido.

  — Calma, sugar daddy. Sua perna tá quebrada.

   Rolei meus olhos e andei o mais rápido possível para abrir a porta. Respirei fundo, esperando que a pessoa ali atrás seja a Lilian.

Mas, era o Paulo e a Isadora. Olhei para mesma, ela sussurrou um "desculpa".

— Cadê a minha filha? - O Paulo perguntou.

— Não sei. Como pode ver, só tem eu e o Marquinhos aqui.

— Oi velhote, como tá? Sabe, a Lilian não parece nem um pouco com você. Ela é mil vezes mais bonita e não tem a mente igual a sua, glória a Deus. - O Marquinhos falou.

— Bom, não quero assunto com vocês. Vim atrás da minha filha, quero ela na minha casa. Não morando com um monte de drogados.

— Pelo menos, não forçamos a sua filha a se casar com um doido que gravava as transas e mandava para os amigos baterem punheta. - O Marquinhos falou, de novo.

— Drogadinho, não quero falar com você. A filha é minha, tem que me obedecer.

— Sua "filha" não está aqui, como pode ver, saiu quando soube que teríamos a sua ilustre presença. - Falei. Ele me olhou com nojo.

  — Espero que não estejam mentindo, quem vai vim comigo na próxima vez vai ser a polícia.  Drogadinhos de merda.

   Depois de despejar seu ódio em cima da gente, foi embora puto.

   Sentir o telefone vibrar no meu bolso, peguei o mais rápido possível.

Lilian: Estou bem, não precisa se preocupar😁

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