Cap.58

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   Eu e o pessoal fomos andando para a casa, o carro da Anna estava em uma oficina. A mesma  bateu ele em uma parede. Enfim, a bêbada. Eu não poderia tá julgando, porque, aliás, sou pior que ela. Mas, a gente passa pano.

   A Anna me deu dois anos. Oque isso significa? Significa que eu tenho que passar dois anos sem tocar no pau do Thiago, imagina?

   Ela falou que eu não posso tocar, certo? E se eu não tocar? Se ele que tocar em mim? A aposta não vai ser quebrada, correto?

   Abrir a porta do apartamento com o Marquinhos logo atrás de mim. Ele falava com a Pérola. O cachorrinho faz au-au.

   Fiquei assustada com oque eu vi. Quem é essa mulher?

   Uma loira de cabelos curtos conversava com o meu nego. Ele ria do que a mesma dizia. Não que seja ciúmes, longe disso. Mas, imagina se ele me trocar por ela? Como eu vou viver sem o dinheiro?

   Foi aí que eu percebi a paty, ela parecia estar com muita raiva. Sua cara parecia de um chimpanzé.

Deus, se isso for um sonho, eu exijo que me acorde agora.

Fiz barulho para os três perceberem que eu estava ali. Mas, só quem me olhou foi a paty. O Thiago continuava com a sua conversa com a mulher misteriosa.

   Estava pensando em sair dali, ir para o meu quarto.

  — Lilian, minha gata. - Escutei a voz do Thiago, aquela voz que fazia molhar a calcinha de qualquer um. Me virei devagar, esperando escutar oque o sugar daddy quer.

  — Sim? - Arqueie a sobrancelha. Coloquei minha bolsa no chão e caminhei até o mesmo.

— Essa daqui é a Alice, a ex do Marquinhos. - Apontou para a mulher. Ela me olhou sorrindo.

   A mulher loira se levantou. Fiquei supresa quando ela me abraçou forte e sussurrou no meu ouvido:

  — Fico muito feliz em conhecer a namorada  do Thiago. Me deixa extremamente feliz em conhecer uma pessoa tão importante para o meu amigo.

  — Desculpa, moça. Mas, eu não namoro com o Thiago. Ele é só o meu sugar daddy, só isso. - Escutei a risada dos dois. Do dito cujo e da mulher que me abraçava.

   Ela me soltou e olhou para logo atrás de mim. Me virei, percebendo que ela encarava o Marquinhos. O mesmo tinha as mãos dentro dos bolsos das suas calças, estranhei demais, o Marquinhos é tão falante.

  — Tudo bem, Marquinhos? Você me deixaria te abraçar, pelo menos?

Saí de fininho, dando mais privacidade para os dois conversarem. O Thiago me puxou para o seu colo. A paty nos olhou, mostrando que não estava nem um pouco feliz com a demonstração de carinho do Thiago.

Ela se inclinou para sussurrar:

— Vocês não acham isso um absurdo? A mulher mais linda que eu já vi, é trans. Não sei como ela conseguiu ser médica desse jeito, acho que deveriam não ter a aceitado no emprego.

— Mulheres transexuais existem e merecem ser reconhecidas nas áreas que atuam. Existe mulheres transexuais professoras, médicas, psicólogas, e teremos uma mulher transexual sendo miss universo no futuro. O grupo LGBTQ+ sofre preconceito diariamente simplesmente por serem quem eles são. Por favor, não destile seu ódio dentro da minha casa. Todo mundo merece amar e ser amado. Por favor, peço que se retire, você já pegou todo o açúcar que queria para o seu bolo. - O Thiago falou para a paty, que ficou extremamente sem graça.

Ela se levantou e saiu. Sem mais e nem menos.

— Oque aconteceu para eles terminarem? - Perguntei, me referindo a Alice e o Marquinhos. Eles conversavam animados, pareciam felizes pela a companhia um do outro.

— O Marquinhos sempre foi muito mulherengo com as mulheres. Quando ele começou a namorar, mudou bastante. Mas, as mulheres que ele cantava não. Elas mandavam mensagens deferindo o seu ódio na Alice. Eram mensagens absurdas, que chegavam a dar nojo. A mesma cansou de receber esse tipo de mensagem e terminou.

Que ódio.

— Bom, mudado de assunto. Quando vou poder tirar essa sua roupa? - Falou, alisando a minha perna. Subindo em direção a minha buceta e descendo para o meu joelho.

Suspirei. Aguenta Lilian, sua buceta aguenta esperar dois anos.

— Thiago... - Olhei para a porta, a Anna e a Flávia estavam querendo rir. Bufei.

Fiz todo o esforço possível para me livrar do seu toque, me sentei no sofá bem distante do Thiago.

Calma, Lilian. Seja forte. Você não quer seus filhos com nomes feios né? Por Deus.

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