Cap.19

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Lilian

Vamos concordar, o Thiago é um chato.

Sempre acaba com a diversão toda. Nunca deixa ninguém se divertir, parece um velho de sessenta anos, Deus me livre.

   Acordei cedo. Hoje já era sexta. Dia de que? Sim, do meu aniversário. Tive a sorte de nascer no primeiro dia de carnaval.

   Oque era bom e ruim, ao mesmo tempo.

   Meu pai sempre gostou da família toda junta em aniversários, datas comemorativas ou feriados.

   Como o meu aniversário e da Isadora - minha irmã por parte de pai - caía no mesmo dia, então, no carnaval, ele não deixava a gente sair. Eu, no caso, tinha que passar o carnaval em casa.

   Meus ouvidos doíam. O meu quarto estava uma barulheira. Me acordei assustada pensando que era um incêndio.

  — Vamos acordar? Vagabunda! - barulho de panela ficaram mais forte. A cama que eu estava começou a mexer.

   Logo percebi que era a Anna que pulava na mesma. Senti um tapa na minha cabeça e um líquido escorreu na minha nuca.

   Respirei fundo.

  — Parabéns piranha. - me sentei na cama, devagar. Queria avaliar se o local estava seguro.

  Pelo visto, errei.

   A Flávia - a menina que se diz ser a minha amiga - jogou farinha, na minha cara.

   O Thiago estava encostando na porta, só olhando a bagunça que os doidos faziam. A Anna se jogou em cima de mim, logo os outros se jogaram também - me sufocando. Menos o velho do Thiago.

  — Ok, já chega. Não quero morrer antes dos trintas. — eles me soltaram e continuaram a loucura.

   Tentei criar coragem para tocar o meu cabelo. Mas, estava muito bagunçado, e com certeza, terei que gastar o meu shampoo quase todo.

  — Eu hidratei ele ontem. - bufei, frustrada. — Pelo menos, espero que ganhe de presente coisas boas.

   A Anna riu. Revirei os olhos e me levantei.

  — Já entregamos o seu presente, um ovo na cabeça e farinha.

  — Sabe, outras pessoas ganham presente melhores.

  — Eu falei, eu falei que seria melhor acordar chupando a buceta dela. Alguém me escuta? Claro que não. - o Marquinhos se sentou na cama.

  — Eu não to falando disso, tô falando de café da manhã.

  — Parabéns. - o Thiago falou, meio receoso. Olhei para ele. Ainda tinha esperanças do mesmo acertar meu nome, era meu aniversário. Oras bolas. — Letícia. - sussurrou, sorrindo. Fingi um sorriso para o mesmo.

   Eu mato.

  — Bom, vou tomar banho. Lavar o meu cabelo.

   Peguei minha toalha e caminhei até o banheiro, ignorando a Anna.

  Meu celular tocou. Coloquei a toalha na pia.

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