Cap.51

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Thiago

  — Todo boiolinha. - A Anna falou, apertando a minha bochecha.

Revirei os olhos, passei a mão no local que a mesma apertou.

  — Quando vai ser o casamento? - A Flávia perguntou.

  — Não sei, talvez quando vocês me deixarem em paz. - Meu tom de voz foi um pouco alto, não queria mostrar que estava gostando da Lilian. No caso, não tem problema algum gostar dela, só não quero esse povo me zoando.

  — Bom, se depender do cachorrinho Thiago, acho que na próxima semana. - O Marquinhos respondeu a pergunta a da Flávia.

   Fiquei extremamente chocado com a sua falsidade.

  — Por que vocês não vão cuidar das suas vidas? Lavar um prato? Transar? Me deixa em paz, Diabo. Da minha vida amorosa, eu mesmo sei cuidar.

   As três cobras riram como se fosse a piada mais engraçada do mundo. Revirei os olhos, tomei um gole de água, disfarçando o quanto estava com raiva.

  — Primeiro, vocês tão apaixonados um pelo o outro, só não admitem. Segundo... - Iria falar, mas a Anna não deixou. — Cala a boca! Continuando. Vocês são dois cabeça dura, só vão perceber que se gostam quando um de vocês tiver em outra.

  — Anna, é muito cedo para tentar um relacionamento. Deixa a gente se conhecer. Conversar. Eu prometo a você que se eu me apaixonar pela a Lilian, você, irmãzinha, vai ser a primeira a saber.

  — Fico até emocionada. - Fingiu limpar as falsas lágrimas.

  — Claro, só existe ela nessa sala. - A Flávia e o Marquinhos falaram. O Vk continuava na cozinha, olhando para a carne não queimar.

  — Nesse caso, vocês serão os primeiros a saber. Como eu nunca vai me apaixonar pela a Lilian, podem tirar as esperanças.

  — Falou já apaixonado. - Olhei para a Flávia, indignado com o que ela acabou de falar.

  — Sabe Flávia, me arrependo de não ter colocado você para adoção quando pude.

  — Querido, você nunca teve essa oportunidade.

  — Já estou imaginando o casamento. Seus filhos entrando com as alianças. Eu de madrinha, super linda e gostosa.

  — Meu Deus, eu vou ser padrinho. Imagina a Pérola entrando comigo? - O Marquinhos falou, mostrando que o coitado sonha demais.

  — Acorda, Alice.

  — Pela a minha bola de cristal. - A Flávia se arrumou no sofá e fechou os olhos. Lá vem a macumbeira. — Vocês vão ter dois ou três filhos, na primeira gravidez. Depois já vão poder abrir um creche.

  — Também. Se fosse para sentar no pau do Thiago, eu iria engravidar até não poder mais. - O Marquinhos poc falou.

  — Por que vocês não vão mimar a Flávia? Ela tá grávida. Largar do meu pé e cuida dela. - Empurrei a Anna.

  — Como assim você tá grávida e não me contou?!

  — Que grávida oque? Eu estou bem, estou na paz. Não nasci para ser mãe.

  — Nem vem, eu que sou a titia do bonde. Titia ama, titia cuida, mas titia não banca.

   Elas começaram um falatório. A Flávia falando que a Anna teria filhos e a mesma negado.

   Me levantei de fininho e fui para o meu quarto. A Lilian estava deitada na minha cama. A mesma estava só de calcinha, já que a blusa que a loira usava não cobria suas belas pernas.

  — Pensei que estivesse dormindo. - Me equilibrei nas muletas e fechei a maldita porta, caminhei até a cama, me sentando na beirada.

  — Tava esperando você. Esqueceu? Me prometeu um cafuné.

  — Ah, claro. - depois de tirar toda a minha roupa, ficando só de cueca, me deitei ao seu lado.

   Ela deitou sua cabeça no meu peito, comecei a alisar seus fios loiros.

  — Você é legal, as vezes. Nem parece ser um velho rabugento.

  — E você nem parece ser uma tagarela. As vezes, não fala nem um 'a'.

  — Tira oque eu disse, você é chato. Isso nunca mudará.

   Revirei os olhos. Não falei mais nada.

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