Cap.63

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Lilian

   Sem entender nada, passei o meu número para o amigo do Thiago. Ele era simpático e bem animado. O mesmo ficou um tempo conversando comigo e meu amigo poc antes de ir embora.

   Quando ele foi, encarei o Thiago por vinte segundos. Foi o tempo que deu já que o Marquinhos começou a cantar.

  — Ele diz que é bad boy, mas essa pose não me engana. Na parada gay seu nome é Raissa Raiana... - Cantou, apontando para o menino que acabou de sair daqui.

   Neguei com a cabeça e dei batidinhas no seu ombro.

  — Sabe que eu te amo né?

  — Claro que eu sei, quem não me ama? - Ele arqueou a sobrancelha, só aumentando o seu ego.

  — A Pérola. - Falei, rindo. O Marquinhos fechou os olhos e respirou fundo. Enquanto ele respirava, eu só sabia rir da sua cara de idiota.

   Podia sentir os olhares de todos da praia em cima de nós dois.

  — Não se brinca com isso, idiota. Isso é sério. - Sussurrou.

   — Tá feliz? - Fiz uma voz fina, igual de bebê.

  — Mama aqui ó! - Apertou o seu pau por cima da sunga.

  — Oi... você não me ama mais?

   Fiquei zoando o Marquinhos. Ele só revirar os olhos, estava vendo a hora dos dois olhos pularem para fora. As vezes, o Thiago nos olhava, mas logo disfarçava.

Estava cansada, queria um bom banho e, se não for pedir muito, uma massagem. Só isso. Minhas pernas estão de me matar. Eu não deveria ter aceitando vim a praia, mas, achei que seria bom temos um tempo de amigos.

A Anna se levantou, limpando a sua bunda coberta de areia. Ela caminhou até a bolsa, tirando a caixinha de som.

— Bom, hoje a música será dedicada ao Thiago. O eterno cachorrinho da nossa amada Lilian. - A minha querida amiga falou, apontou para mim e depois batendo palmas.

Logo os meus outros amigos se juntaram para bater palmas também. Chamando atenção da praia para o nosso grupinho.

O Thiago estava com as suas bochechas avermelhadas. Ou era o sol ou ele estava envergonhado, preferir escolher a teoria que é o sol. O Meu antigo sugar daddy não focaria com ciúmes, correto?

  — Especialmente para o nosso amigo Thiago, vou colocar a música; O detento apaixonado.

   Logo a música começou a soar nos meus ouvidos. O Thiago ficou mais vermelho ainda.

   Quando a letra começou, a porra da Anna começou a cantar também.

  — Sou um detento apaixonado. Sem carinho e sem cuidado, desprezado em sua cela. Procurando uma saída, esperando tua visita, vem me ver minha donzela. - A Anna cantou a parte da donzela, apontando para mim.

   Dois tipos de pensamentos se rebelaram na minha cabeça quando olhei para o Thiago.

   O anjinho em meu ombro direito fez piada, perguntando-se se o Thiago estava gostando daquilo ou não. Certamente, a resposta não. Ninguém gostaria de ser exposto daquela forma. Oque me leva a não querer rir do coitado, de querer fechar minha boca e não falar mais nada. Simplesmente, pedir para a Anna retirar a música e voltar a fofocar com a poc ao meu lado.

   Mas, também tem o diabinho em meu ombro que esquerdo: sim, ele disse que eu tinha que rir. Fazia tempo que eu não dou uma boa risada, e aquilo estava mesmo engraçado. A Anna imitando o sapinho do meme. Mesmo pensando que aquilo deixaria o Thiago bem chatiado, e que com certeza ele iria parar de falar comigo definidamente. Oras, mas também é só uma brincadeira boba.

   Mesmo sendo uma brincadeira bobinha, preferir ficar na minha. Sou um anjinho. Um anjo tem que escutar outro anjo.

  — Bom, para mim já chega. Vou embora, peguem um ônibus para voltar. - O Thiago falou, se levantando e recolhendo as suas coisas.

  — Você leva tudo muito a sério, seu velho. - Não mexe com quem tá quieto, Anna. Não mexe.

  — Se você faz tanta consideração, vá a pé então. Assim não precisarei sujar o meu carro de areia. - Saiu andando, levando com sigo os olhares das meninas pelo o seu belo corpo.

   — Pedimos um uber, não tem problema. - A Anna sentou de novo na areia, virando uma latinha de cerveja de uma vez só.

   O Marquinhos cutucou o meu braço e sussurrou:

  — Que briga histórica. Brigando por causa de uma música, quem mamou?

  — Mamei.

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