Thiago
Quando a Lilian saiu do banheiro, pude soltar a minha respiração. É foda pra caralho.
Lavei meu rosto. Deixe a água fria levar os últimos vestígios da sua mão quente no meu corpo.
Passei a mão na minha barriga. Os chupões ainda estavam no meu pescoço, pequenas manchas, mas que decidiram tomar contar do meu corpo. Não posso olhar no espelho que as imagens daquela noite quente vem na minha mente.
Fiquei um tempo refletindo tudo. Não a julgo, a mesma sofreu um trauma muito grande, por isso que deve ser assim, fria.
Mesmo ela sendo grossa, vou dar o tempo. Ou até mesmo, ajudá-la se precisar.
Enrolei minha toalha na cintura e fui para o meu quarto, sentando na beirada da cama.
— Desculpa. - Escutei um leve sussurrou. Tomei um susto.
Olhei em direção que veio o sussurrou, a Lilian estava encostada na porta.
— Tudo bem, de boa.
— Desculpa, Thiago. Eu não queria te deixar chateado.
— Tudo bem, só que você foi um pouco grossa.
— Desculpa. - Caminhou em minha direção, sentando ao meu lado.
Me levantei e fui até a minha mala, pegando qualquer roupa. A Lilian já estava arrumada para irmos a balada, acho que passei muito tempo refletindo.
— Sabe, eu acho que cada pessoa tem seus jeitos, seus traumas. Por isso que não te julgo, eu não senti oque você passou, oque deve ter sido bem difícil. - Sussurrei, ainda de costas para ela.
— Um pouco. - Escutei sua voz, meio chorosa. Olhei por cima do ombro. A Lilian estava de cabeça baixa, olhando as próprias mãos.
Me ajoelhei na sua frente.
— Tudo bem, Lilian? - Acariciei a sua bochecha.
— Está tudo bem. - Ela se jogou nos meus braços, me abraçando com uma força surpreendente. — Obrigada, de novo.
— Tudo bem. Você pode sair? Vou me trocar.
Ela me largou e andou até a porta, sempre com um sorriso no rosto.
Me vesti o mais rápido possível. Ainda era quatro horas, ainda iria demorar muito para irmos a balada.
Desde que a Pérola foi embora que o Marquinhos tá eufórico. Não para quieto. Sempre indo para lá e para cá.
— Eu tô namorando. - Ele cantou.
— Já? - A Anna levou as mãos a cintura. Certamente ela queria repetir a foda que os quatros tiveram.
— Ela não sabe, bocó. Eu namoro, mas a minha namorada não sabe, entendeu?
— Vamos fazer vaquinha para pagar um médico para o Marquinhos ou vamos o vendê-lo.
— Ué, oque eu fiz?
— Quem quer comprar o Marquinhos? Super barato.
A invejosa da Anna pegou a minha fala.
Chutei sua perna.
Amor de irmão é uma coisa tão linda.
— Para, Thiago. Idiota. Vou chutar a sua canela, você vai ver. - Se inclinou, passando a mão no local que eu chutei.
— Chuta o pauzinho dele, Anna. - A Flávia gritou lá do outro da casa.
A Lilian andou até mim. Ela ficou na ponta do pé para sussurrar no meu ouvido.
— O pau não, deixa que o pau eu mamo, ops, chuto. - Suas unhas cravaram no meu ombro. Neguei com a cabeça.
— Tu não presta.
— Todo mundo sabe que não. - Ela me soltou e andou calmamente até a geladeira.
Peguei meu celular. Tinha mensagem da paty avisando que estaria na balada e da Isadora, querendo marcar alguma coisa.
Respondi as duas antes de guardar o meu celular.
Tomei um gole da água. O pessoal ainda xingava e riam do Marquinhos.
O Marquinhos é a pessoa mais emocionado que existe na fase da terra. A Pérola que lute.
O mesmo é do tipo: Faça oque quiser com a sua vida, só não pare de amar. A gente vai casar!
Ele falou a mesma coisa para a ex, acabou levando chifre. Coitado.
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Logo Você?
RomanceLilian Vasconcelos, não pensa no amor e acha que é uma coisa inexistentes. Tem várias coisa para fazer na vida ainda, não pensa nem na possibilidade de se relacionar com alguém. Sua vida é baseada em seu pai, sua madrasta e sua irmã controlan...