Laura
5 anos depois...
Como passou rápido cinco anos, eu estava já grávida do segundo filho, aliás, filha.
Eu tive o Ian a cinco anos e foi um amor imenso que não cabe em mim. Eu até virei uma pessoa melhor. As vezes né, porque quando eu vejo alguma vagabunda em cima do Fumaça, eu ainda quebro o pau, e vê se ele se importa? Se importa nada meu bem!
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Letícia
Ela sumiu, ela não me disse nada, a Vitória se faz de sonsa, mas eu sei muito bem que a Vitória sabe mas esconde.
Tenho minha Nicole já, cresceu e ficou tão linda. Só tem cinco aninhos e Caveira já fica no pé da coitada.
Ué quem manda a mãe ser bonitona também.
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Mariane
Cinco anos e eu mudei, mudei pra melhor.
Eu fiz faculdade de Recursos Humanos. Nada haver com a área que eu “sonhava” que era a enfermagem, mas eu me vi ali no rh, eu vi que na verdade eu vivia o sonho das outras pessoas e não o meu.
Comprei um ap na Capital de São Paulo e me mudei em tudo. Eu não era mais aquela sonsa, eu tinha algumas tatuagens, alguns piercings, meu corpo havua mudado, minha mente amadurecido, e o melhor, minha saúde mental estava bem.
Durante algum tempo, eu precisei fazer acompanhamento com psicólogo, era difícil estar sempre lembrando do ocorrido. Mas eu consegui, hoje em dia eu to melhor comigo mesma.
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Segunda feira, 06:27 da manhã.
Acordei com o barulho da chuva na janela, me levantei e vi que estava garoando. Estava aquele friozinho bom pra ficar o dia todo na cama assistindo.
Arrumei minha cama e fui direto pra cozinha preparar meu pãozinho com suco. Me sentei na frente da TV e comecei a assistir as reportagens que passavam.
Só tragédia passa.
Terminei meu café e fui tomar uma ducha rápida. Hoje antes de ir pro trabalho, eu iria fazer minha última sessão com meu psicólogo.
Eu estava nervosa. Coloquei minha calça flare, uma blusa crochê e meu tênis branco. Fiz um rabo de cavalo e peguei minhas coisas.
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Peguei o primeiro horário com o meu Psicológo André, quando entrei lá, conversamos muito e acabou caindo no assunto...
— Você não acha que deveria voltar e rever teus amigos, família? - André me perguntou enquanto me encarava.
Eu sempre tentei me preparar pra chegar a esse ponto, eu sabia que uma hora eu deveria voltar.
— Você acha que eu devo voltar? - Perguntei mordendo os lábios.
— Eu não acho, você que tem achar. Você não pode ficar sua vida inteira se escondendo de uma coisa que já faz cinco anos! - André disse suspirando.
Isso é verdade.
— Você tem razão! - Falei.
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Eu sai daquela sala do André já trabalhando minha cabeça. Fui direto pro trabalho e fiquei o dia todo pensando como seria se eu voltasse pra lá do nada.
Eu me decidi. Eu iria amanhã mesmo depois do trabalho, aproveitaria que amanhã era sexta feira!
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Leticia
— Cadê a merda do ventilador Caveira? - Perguntei suspirando já querendo meter o murro na cara dele.
— E eu que sei? - Caveira disse com um certo deboche.
Encarei ele com tudo, ele me encarou e saiu correndo pra fora.
— Filho da puta! - Sussurrei.
Desde que a Nicole nasceu, tudo mudou. Caveira não é o mesmo. Eu não tenho do que reclamar dele sendo pai, mas como marido, puta que pariu.
Eu ainda desconfio dele. Eu nunca fui atrás pra saber porque eu sei que quem procura acha, mas eu to esperando o devido momento de eu ver com meus próprios olhos, porque já veio várias pessoas na minha orelha, mas oque vale pra mim, é eu ver. E quando eu ver, adeus Caveira!
• aperta na estrelinha •
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Do asfalto pra favela
Novela JuvenilMariane vai pra favela para ajudar sua irmã Vitória e acaba sendo alvo do maior traficante do estado.