• capitulo 43 •

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Mariane

Eu sai daquela casa correndo pra casa de Letícia. Fui tentar entrar e estava fechada, bati e depois de alguns minutos ela abriu com uma cara preocupada.

— Desculpa, eu preciso ficar aqui! - Falei segurando pra não chorar.

— Entra, oque aconteceu? - Letícia disse me puxando pra dentro e me sentando no sofá.

— O Fumaça me traiu... - Falei me enfiando na almofadas e fechei os olhos.

Ouvi um silêncio e logo ouvi o barulho da porta, abri os olhos e Letícia não estava mais lá.

****

Letícia

Eu vou quebrar a cara daquele filho da puta.

Fui subindo aquele morro todo e quando cheguei na casa dele, fiquei apertando a campainha sem parar, e quando ele abriu, tava com uma cara de morto.

— Eu quebro sua cara agora ou depois? - Perguntei cruzando os braços.

— Coé, entra aê, quero tomar uma, toma até esquecer o nome! - Fumaça disse.

— Tenho cara do que Fumaça? Você traiu a Mariane seu sujo! - Falei entrando e dando murros no braços dele.

Ele nem mexia.

— Sai mina do Paulinho. - Fumaça disse.

— Quem foi a vagabunda? Traiu a Mariane por qualquer pé rapado? - Perguntei encarando ele.

Ele suspirou e me olhou.

— Sei lá que mina que é, nem cheguei a acabar a transa, eu meti o pé antes. - Fumaça disse indo pra cozinha e pegando um fardinho de cerveja.

Ele voltou pra sala e sentou no sofá abrindo uma cerveja e bebendo.

— Mariane não te perdoa! - Falei negando com a cabeça.

— Eu to ligado, só manda o papo pra ela que eu amo ela de qualquer jeito cara, foi momento! - Fumaça disse suspirando e abaixando a cabeça.

Ele ficou com a cabeça abaixada e quando levantou deu pra ver os olhos cheio de lágrima. Ele abaixou novamente e eu tentando segurar pra não rir dessa cena.

— Outra hora eu venho cortar teu pai, sofra sozinho ai! - Falei segurando prq não rir.

Sai da casa dele e avistei uma menina toda desengonçada vindo em minha direção.

Parei e fiquei olhando ela, ela me olhou e foi bater na porta.

— O que tu quer? - Perguntei cruzando os braços.

— Não é da tua conta! - A menina disse jogando o cabelo dela que devia ter um litro de óleo.

Fumaça abriu a porta e encarou nós duas.

— Qual foi mina, sai da minha cola, eu perdi minha mulher por vacilo meu, vaza! - Fumaça disse e fechou a porta.

Olhei ela dos pés até a cabeça e ela bufou.

— Ah então é você boneca? - Perguntei.

— Eu só queria uma transa com ele, se a mulher dele não perdoou ele, sinto muito, então chegou a minha vez! - A menina disse.

AMADA?

Grudei no cabelo dela e logo sentirem me puxarem, olhei e vi que era Caveira.

— Me solta caralho, deixa eu enfiar a cara dessa vagabunda no chão Caveira! - Falei me debatendo.

A menina foi segurada por um vapor.

— Qual foi caralho, na frente da goma do Fumaça? - Caveira disse me puxando.

— Me solta nojento, ela foi amante do Fumaça, eu vou quebrar a cara dela! - Falei indo pra cima dela de novo.

Caveira nem se quer me puxou de novo.

— Cadê a pipoquinha caralho? Trás aqui pra mim! - Caveira berrou.

Eu parecia um furacão, eu acabei derrumando até o vapor, eu esmurrei a cara dela.

— Essa é por você ser uma desgraçada de falar isso da minha amiga! - Falei me levantando e chutando a boca dela.

Caveira me puxou e eu sai dali.

— Chegou de perreco em, a menina tá estirada sangrando! - Caveira disse.

— Ela podia estar estirada no caixão. Vocês homens são todos sujos em, não aguentam ficar com uma só, quer todas e no fim acaba com nenhuma, bando de burros! - Falei descendo de volta pra casa.

aperta na estrelinha •

Do asfalto pra favelaOnde histórias criam vida. Descubra agora