• capitulo 62 •

21.7K 1.6K 714
                                    

Mariane

Fumaça ficou pálido, eu olhei pra boca dele e tava branca.

— Fumaça você tá bem? - Perguntei indo até ele e pegando na mão dele.

Ele tava gelado.

Ele me agarrou com tudo.

— Tu tá zoando? - Ele me pegou no colo.

— Não. - Falei sorrindo.

A gente se afastou e os olhos dele brilhavam encarando minha barriga.

— Meu Deus, não to preparado pra isso, eu não pensei em nome da cria. - Fumaça disse andando de um lado pro outro nervoso.

— O que importa o nome agora? Importa é que vamos ter um filho! - Falei sorrindo.

Ele veio me beijar e se afastou pegando Samira no colo e saindo da salinha.

— Eu vou ser pai de novo porra! - Fumaça gritou na boca aonde tinha várias pessoas.

Caveira me olhou e veio dando com a mão.

— Nem vou abraçar, vai que eu esmague a criança, não quero cometer esse homicídio Marildinha! - Caveira disse e eu ri negando.

Fumaça desceu aquela rua berrando pra todo mundo ouvir. Eu sai dali e Caveira foi me acompanhando.

— Podia ser Pulmilda se fosse muié né? - Caveira disse animado.

Encarei ele sem entender.

— Que merda de nome é esse? - Falei.

— Pulmão com Marilda. - Caveira disse sorrindo.

O que esse cara tem de problema? As drogas corroem os miolos bom da cabeça dele.

Nem ferrando! - Falei rindo.

— Ou Jaconolinto! - Caveira disse sério.

Eu gargalhei alto, que até faltou ar.

— Você tá tirando com a minha cara. - Falei e ele negou.

*****

Caveira me deixou na frente de casa e logo trouxe Ian.

Eu fui tomar banho e quando desci pra sala, Fumaça estava sentado tomando cerveja.

— Credo! - Falei sentindo nojo.

Eu que amo cerveja, já não consigo nem ver.

Eu amo tu, nossa tu não imagina a felicidade! - Fumaça disse vindo beijar minha testa.

— Promete não me deixar? Não vacilar de novo? Por mais gostosa que seja a outra? - Falei encarando ele.

— O que adianta gostosona de corpo e não tem postura? Além disso, tu já é gostosa na cama e isso pra mim que vale amor! - Fumaça disse me agarrando.

Eu pulei no colo dele e ele começou a beijar meu pescoço.

******

Letícia

— Queria um filho! - Caveira disse comendo salgadinho e com um bicão.

— Vai ficar querendo, eu em, pra você só ficar a parte mais tranquila! - Falei me jogando no sofá.

Nicole veio e sentou no meu colo.

— Mãe preciso te contar uma coisa! - Nicole disse.

— Fala! - Falei encarando a TV.

— Eu dei um beijinho no menino da minha escola. - Nicole disse na maior inocência.

Eu encarei o Caveira na mesma hora, ele cuspiu pra fora o salgadinho e olhou pra Nicole.

— Ni, vamos pro quarto! - Falei puxando ela com tudo pro quarto dela.

Ela se sentou na cama e me encarou. Eu suspirei fundo e encarei ela.

— Ni, você não se acha muito novinha pra isso? Agora é hora de brincar, não disso. Quando você for um pouco maior você vai ter o tempo de beijar, mas agora não meu bem, você não pode apressar as coisas, você me entende? - Falei acariciando ela.

— Entendi sim, foi errado? - Ela perguntou.

— Só não é o momento certo meu amor! - Falei e ela assentiu.

Eu beijei a cabeça dela e sai do quarto indo pra sala dando de cara com Caveira.

— Que idéia maluca é essa Letícia? - Caveira perguntou.

— Esquece, coisa de criança! - Falei.

— Criança faz coisa que nois nem imagina Letícia, eu vou ela falar com ela! - Caveira disse indo levantar.

Eu subi no colo dele e encarei ele de cara fechada.

— Não! - Falei brava.

— Autoritária, qual é, assim eu fico excitado desse jeito! - Caveira disse.

— To menstruada, nem da! - Falei.

— Se não da pelo caminho do mar vermelho, da pela estrada de barro pô! - Caveira disse.

• aperta na estrelinha •

Do asfalto pra favelaOnde histórias criam vida. Descubra agora