• capitulo 50 •

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Maratona 3/3

Letícia

3 meses depois...

— Inferno viu, cadê a merda dos salgados? - Gritei vendo Caveira com a boca cheia de salgados.

Caveira saiu correndo e eu sai correndo atrás dele com vassoura.

— Eu devolvo caralho, quer que eu vomite? - Caveira disse abrindo a boca e mostrando aquela gororoba.

Nojento.

Vai buscar logo o Breno com a Vitória caramba, eu em! - Falei bufando.

Ele saiu e eu continuei a arrumar ali.

Era aniversário de Nicole. Nicole andava fazendo tratamento com psicólogo, foi difícil no começo, ela tinha medo até mesmo de mim e de qualquer um, mas com o tempo, graças a Deus ela está melhorando.

Ele quis fazer uma festa de última hora, pois diz ela que pelo menos um dia ela queria ser especial.

Mal sabe ela que desde que eu fiquei sabendo que estava grávida, ela já foi especial até demais, a razão do meu viver.

— Cadê a mulher mais linda dessa casa? - Ouvi a voz de Mariane.

— Eu, eu, eu!!! - Ouvi a voz de Nicole.

Olhei e vi Nicole correr nos braços de Mariane.

— Sai fora Nicole, ela tá falando de mim, você chega a ser ajeitadinha! - Falei indo abraçar Mariane.

Nicole me mostrou a língua e saiu voltando pro quarto.

— Cadê o Esqueleto? - Mariane perguntou.

— Foi buscar sua irmã e o Breno! - Falei.

— Seja sincera, pra você tá sendo tranquilo? - Mariane perguntou.

— Sim, eu não ligo não, ele é pai do Breno também, ele escolheu não ficar com ela, mas tem que dar a força pra ela. - Falei dando de ombros e indo ajeitar a decoração.

— Que bom, eu tava falando ontem mesmo pra minha mãe, o melhor é viver sempre em harmonia né? Nada de brigas, perdoar e não cometer o erro novamente. - Mariane disse vindo atrás.

Concordei com ela e fiquei pensando. Como pode né? Perdoei Caveira, uma escolha muito complicada, teve muita conversa e ele aceitou do MEU jeito que iria ser, e que na primeira levantada de mão, quem ia descer a surra iria ser eu. Eu até durmo com uma faca de baixo do travesseiro, pra não dar o de maluco nele. Mas por enquanto ele está o mesmo de quando conheci.

*****

Começou a festa e tinha gente que eu nem tinha convidado.

Coisa de Caveira.

Eu fiquei junto com Caveira, Mariane, Fumaça e uns meninos da boca. Lembrei daqueles tempos de pagode e baile.

O tempo bom que não volta mais...

— Queria te mandar o papo na frente deles. - Caveira disse se levantando e se ajoelhando. - Passamos mo perrengue, tu sempre lá, vacilei contigo e por fim a gente aqui, juntão em família. Tu é a minha certeza Lê, bora casar? De branco e tudo pô! - Caveira disse.

Eu nem estava mais por mim, eu estava chorando.

Desculpa mundo.

— Aceita logo porra, se não eu caso! - Fumaça disse zoando.

Eu ri e pulei em cima de Caveira beijando ele.

— Eu te amo pra sempre. Mas se me tirar do sério eu... - Fui terminar de falar e Caveira me interrompeu.

— Você me esfaqueia. To ligado que tu dorme com faca maluca. Também te amo! - Caveira disse me agarrando.

aperta na estrelinha •

Do asfalto pra favelaOnde histórias criam vida. Descubra agora