Prévia 02 - Flashback.

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Um tempo atrás.

atitude disposição só tem mesmo quem é

a humildade, a disciplina eu mostro com a fé.

Mais uma sequência na perna, cheio de ódio, me debatendo pra caralho, quero ver fazer na mão, me mata logo nessa porra, fica na covardia po.

— Acabou pra você, seu cuzão! — falaram próximo de mim — Essa sujeira que vocês fazem no 021, acabou, tu vai apodrecer aqui dentro! — Deu uma risada alta

— É longa mas num é perpétua não, na hora de mamar do meu dinheiro tu queria né não? Mamata acabou, tá aí cheio de ódio pra cima de mim — falei encarando ele, tô cego de ódio, mas tô cercado

— Não tem o que falar não fala — riu da minha cara — Tu perdeu, Riquelme, você e teus comparsas, caiu geral! — segurou meu rosto com força — Tu não imagina a honra que é te ter aqui — falou empurrando minha cabeça pra trás

— Eu quero ver ele bagunçar o Rio agora! Não é ele o brabo? — o outro falou rindo abaixando na minha frente — Seu otário, não dou dois dias pra te passarem, tá geral cheio de ódio de você aqui dentro, você fez maldade pra muita gente, acha mesmo que tá esquecido? Você vai pagar Riquelme! — cuspi o sangue na cara dele, ele me olhou vermelho, cheio de ódio, dessa vez, eu ri

— Deu a hora, Alex! Talissa tá subindo para interrogar ele! — o outro falou quando ele ameaçou dar mais uma na minha cara

— Eu vou ter outras oportunidades! Aliás, tua piranha tá aí também, vai cair geral, Riquelme! Até a cachorra da tua mãe — fechei a cara vendo ele sair da sala

Uma mulher seriona entrou na sala, maior porte, minha cabeça tava latejando e o sangue não parava de descer do meu nariz, começando a sentir tudo lento demais, cabeça pesada, falta de ar.

— Traz um pano e uns cubos de gelo! — ela falou seria para um cara, puxou uma cadeira e sentou do outro lado da mesa — Parece que brincaram contigo né? — riu negando com a cabeça — Alex só vacila mas tu gosta de brincar também né? Meses atrás você tava fazendo o mesmo com vários. — neguei o cara entrou com o pano e ela me entregou

Botei o pano no rosto estancando o sangue, malzão por causa das algemas, ela me encarou e pegou uma pasta.

— Riquelme Silva, qual é o seu envolvimento com todos esses crimes que aconteceram quatro meses atrás? — perguntou apoiando o braço  na mesa

— Forjação isso, esse lance foi no meu morro não, desconheço. — falei sério

— Você não tem ligação nenhuma com essas mortes? — neguei — E o que suas digitais fazem na pistola encontrada dentro da casa? — botou a glock dentro de um saco em cima da mesa

— Alguém querendo me fuder po, tenho nada a ver com isso não! — falei me ajeitando na cadeira, tomar no cu, tenho nada com isso não.

— Você é culpado! Segura aí uns 20 anos de cadeia, por aí! Se prepara pro julgamento. — falou se levantando — Sem tempo, por hoje é só, não tenho assunto com bandido! Ainda vou interrogar sua namorada, Giulya Alves né? Então, a mãe da tua filha passou por aqui também, tá sendo investigada — fechei a cara

— Elas são inocente po, tem nada a ver com meus corres não — tentei levantar, ela riu saindo da sala

Me levaram pra cela com umas 10 cabeças dentro, mas tudo gente da gente, tô revoltado, vontade de quebrar a porra toda, essa porra não vai ficar assim, quem traiu vai pagar, meu irmão foi morar com Deus, e eu vou fazer vingança po.

Se liga nessa parada, fala que é nós, se não for tá de mancada, se vacilar, a cobrança chega hoje, vai dançar a valsa da meia noite.

Delírios - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora