67 - Renascer.

13.1K 1.2K 256
                                    

*ALERTA GATILHO: Esse capítulo contém cenas fortes que podem gerar desconforto ao ler e te gerar reações emocionais. 

Ser mãe é desde o exame positivo nunca mais estar sozinha.

Respira.
Respira.
Respira.
Faz força.
Faz força.
Faz força.
Tá quase, a cabeça tá saindo.
Tá quase, a cabeça tá saindo.
Tá quase, a cabeça tá saindo.
Isso.
Você consegue.
Você consegue.
Você consegue.
Faz força.
Faz força.
Respira.
1, 2, 3, Respira, respira, respira.

Um chorinho, fino, alto, preencheu a sala — Nasceu! — escutei a enfermeira falar e senti meu corpo relaxar na cama, estrelas eu vi no teto, minha respiração ofegante — Parabéns mamãe!

Meu filho, meu filho nasceu, eu consegui, meu filho nasceu, meu Richard está aqui, meu neném, meu filho, o amor da minha vida, meu bem precioso.

— Meu filho, e-eu...— tentei falar e botaram um pacotinho, pequenino enrolado em uma manta em cima de mim.

Lágrimas, soluços e sorrisos, a obra mais bela de todas, o amor da minha vida, o meu maior presente, os olhos, a boca, o nariz, é tudo perfeito, a mãozinha, meu Deus, é todinho o pai.

O pai.
Riquelme Silva.
Que saudade de você.
Teu filho nasceu, cara!
Vem curtir esse momento comigo.

Começo a sentir um sono, meu olho vai ficando pesado e vejo a enfermeira se afastar com o Richard e caio em um sono.

— Olha amor, olha nosso bebê — falo virando o Richard para ele que me olhava rindo, com os olhos brilhando

— Caralho, olha esse olhão, Giulya — falou rindo, todo bobão — Menor é a minha cara, caralho, bonitão igual o pai — gargalhei

— Né nada, é lindo igual a mãe né meu amor, num é a cara da mamãe? — falei afinando a voz, fazendo o Richard rir todo banguelo

— Ram, fazendo a cabeça do moleque aí, sabe que é a cara do paizão aqui, se liga po — Riquelme falou pegando ele do meu colo todo sem jeito — Me ajuda aqui Giulya, po, vai ficar rindo? Tá de sacanagem com a minha cara? — falou boladinho

— Aí, você é todo desesperado — gargalhei arrumando o Richard no colo dele — Pronto, teu pai é um chato mesmo né amor? Um chatão — falei manhosa

— E tua mãe uma cabeçuda — Riquelme falou fazendo ele rir, pronto começou o complô

Abri os olhos rápido, encontrando a Carina e a minha mãe sentadas em um poltrona, perto de um bercinho, meu corpo ainda formigava, meio congelado, olhei em volta, procurando aqueles olhos, procurando ele.

Tentei sentar na cama, tudo doeu — Filha, tá sentindo alguma coisa? — minha mãe me perguntou, vindo na minha direção, Carina levantou também pegando o Richard do berço

— Não, eu to bem — falei respirando fundo — E-eu quero ver ele, quero ver meu neném — pedi

A Carina botou ele no meu colo e um choro me tomou, meu filho é a coisa mais linda do mundo, que perfeição, meu pai!

— Ele é lindo, olha — falei emocionada para minha mãe — E-eu queria tanto que o Riquelme estivesse aqui, pra ver isso — solucei — Oi meu amor, eu sou sua mamãe — murmurei baixo

— Ele tá amiga! Independente de onde ele esteja, tá sempre com vocês — Carina falou me dando um beijo na bochecha

— MEU netinho é a coisa mais linda do mundo mesmo — minha mãe falou me fazendo rir

Fiquei cheirando aquele cabelinho, dando mama a noite toda, eu to realizada sabe? Preciso de mais nada, melhor parte de mim.

Richard Alves Silva.
Dono de todo o meu amor.
O fruto mais lindo de todos os amores.
Riquelme, esse presente também é seu.

*Não esqueça seu fav e seu comentário.

Delírios - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora