41 - Rick.

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Acordei estranhão, já tava de noite, minha cabeça tá doendo pra caralho, levantei rápido, olhando a casa, arrumadona, mas a Giulya nem tá aqui, tentei ligar e ela nem atendeu, botei uma roupa, tomei só um gole de café e parti pra rua.

— Aí, vai atrás da Giulya, quero a planta todinha de onde ela tá com a Victoria — falei pro Maiquin assim que cheguei na boca

— Tá lá em casa ela po, tá lá com a Carina! — Nego falou sentado na cadeira olhando pro fuzil — Tá tristona ela po, chorando e os caralhos — sentei na cadeira e acendi um cigarro

— Deu ko lá em casa, fiquei putão com esse lance da Rayane, descaralhei a noite toda, bebi pra caralho — ele negou me olhando sério — Cheguei em casa, chamei ela pra ir almoçar com a criança, começou bater uma onda mó errada, explodi — tossi e pensei na merda que fiz, tô fodido.

— Tá dando mole Rick, tu sabe que a mina fecha contigo, mas bagulho de tu ficar se drogando aí num é legal não po — concordei — Papo de irmão, num sou de tá se metendo na vida de ninguém não, mas tu tem que parar com essa porra — ele falou

— Vender é vender irmão, deixa esse vício te dominar não! — VN falou do meu lado — Sei que é brabão, maior responsabilidade e tu tá na revolta, mas dá uma segurada — concordei

— Certo po, foi só dessa vez só, sou viciado não, vou tá me controlando se não quem sai perdendo é só eu! — falei sério, é foda essa porra.

Maiquin chegou uns 10 minutos depois, falando que a Giulya tinha chegado lá em casa.

— Tá na tua mão, tu voltou e essa responsabilidade aí é tua! — falei pro Di óculos — Lili cantou meu irmão! — ele riu animadão — Tu vai tá comandando essa missão lá — concordou

— Tá certo, Rick, tu sabe que sou teu de confiança! — falou sério — Nós vai vingar essa porra aí, vingar nosso irmão MT que se foi também! — concordei soltando a fumaça

— E não para por aqui não, aí VN tu vai tá partindo com teus seguranças lá pra outras partes, vai cuidar de tudo lá, ficar de frente na minha ausência — falei sério, ele me olhou surpreso — Nós vem de mó tempão e tu sempre foi meu de confiança, comando lá é teu valeu? — apertei a mão dele

— Que isso irmão, tá falando sério? Caralho! Que isso — ele falou emocionadão abraçando me abraçando — Te amo porra, é nós por nós sempre, terror nenhum, vagabundo nem tenta — riu me soltando

— Tamo junto, tem disposição pra isso? — ele concordou — Então honra meu nome, honra o nome do paizão, nossa facção, faz valer a pena, bota moral e firmeza — ele concordou rindo — É o certo pelo certo, sempre, tu já sabe como funciona, como faz e como não faz! — bati na mão dele

— Correto irmão, tá certo! Pode ficar tranquilo que eu vou honrar nossa bandeira certinho — falou me fazendo concordar

Fiz o certo, VN é cria, começamos no movimento junto, sempre foi cabeça pra caralho, leva o tráfico a sério e nunca se deixou deslumbrar, meu de confiança e paizão tratava como se fosse filho dele mermo, não tem como passar essa responsa pra outra pessoa, é bagagem dele, tô bem, vou deixar quem cresceu comigo bem  também.

Subi na moto e parti pra casa com os seguranças atrás, cheguei a Giulya tava botando a Victoria dormindo na cama.

— Tá bolada comigo? — falei encostando na porta do quarto, ela se virou na minha direção rápido

— Não! — respondeu séria prendendo o cabelo

— Sei que tu tá po! — ela passou por mim rápido indo pra sala, alcancei ela segurando pelo braço, ali pelo corredor — Me desculpa? Sei que vacilei, não queria tá alucinado daquela forma — falei encurralando ela pela parede

— Mas você tava! É me chateia muito isso tudo! — ela falou desviando o olhar do meu — Você nunca foi de usar essas coisas, eu não quero ver você se afundar assim — o rosto começou a ficar vermelho e ela começou a chorar — Para com isso, por favor! Eu tô aqui com você, tua filha tá aí, isso não é legal não — negou com a cabeça, porra aí me quebra 

— Desculpa! Não chora amor! Olha pra mim — falei segurando o rosto dela — Tô te dando papo reto, Giulya! Não vou mais te assustar assim não, eu prometo po — ela encostou a testa na minha

— Eu não acredito em você! Me prove Riquelme, faça justa as suas palavras — falou encarando séria, as lágrimas dela não paravam de descer — Me mostre mudança e aí sim eu acreditarei! — tentou se afastar quando eu soltei o rosto dela

— Tu vai ver po, tu vai ver que eu mudei, o papo é reto, Giulya! — falei sério — Tu só não vai ver se tu meter o pé, me deixar — ela riu passando a mão no rosto

— Eu tô aqui não tô? Eu te amo demais e não vou a lugar nenhum — abraçou meu pescoço — Eu posso ir mil vezes, mas eu volto duas mil vezes, Riquelme! — riu com o rosto no meu pescoço

— Te amo também doidona! — falei dando um beijo na cabeça dela

🐦 - BRADOCK: ta eu, a primeira dama i a princesona 💗👨‍👩‍👧

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Delírios - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora