Acordei meio tonta. forçando a visão para ver melhor, encarando o homem perto da cama, todo de preto, de máscara cubrindo completamente o rosto, soltei um grito tão alto, que fiquei arrepiada da cabeça aos pés.
— Tá maluca porra? Caralho! — Riquelme falou tirando a máscara do rosto, rindo horrores
— Maluco tá você, que susto garoto, eu hein, meu Deus! — falei sentando na cama, meu coração tá até acelerado, se fuderrr
— Tô te chamando maior tempão, já tava até achando que tu tava desmaiada — ele falou falou andando pelo quarto — Tô partindo, tua mãe chega que horas? — peguei meu celular e olhei a hora 3h40 da manhã
— De manhã, umas oito horas! — suspirei — Tu tem que ir mesmo? — ele concordou, aí, meu coração tá apertadinho
— Tenho amor, mas se pá, pela tarde já tô aí — falou vindo na minha direção — Cuida do nosso neném tá? Se estressa com nada não e qualquer coisa tu aciona qualquer um dos moleques — concordei dando um selinho nele
— Aí amor, não vai não — pedi manhosa agarrando o pescoço dele, abraçando ele com força — Fica aqui comigo! — falei escutando ele rir
— Bem que eu queria po — beijou minha testa — Te amo, se der te aviso quando chegar —me deu um selinho e se afastou
Em segundos eu já tava dormindo de novo, mas sabe aquele sonho leve? Que você acorda toda hora, se assusta o tempo todo, eu to assim, mal consegui dormir.
Levantei 7h com um enjoo horrível, sem nenhuma notícia do Riquelme pra piorar a situação, tomei um banho pra despertar melhor.
Pedi um dos meninos que tavam fazendo minha segurança pra comprar um sonho de brigadeiro pra mim, comi com tanta vontade que chega babei.
Arrumei a casa todinha, Riquelme anda bem organizado, e quase nunca a casa fica uma zona, quando deu 8h40 minha mãe chegou.
— Cadê Alana? — perguntei botando a água no fogo pra ela fazer um café
— Não quis vir! — falou sentada na cadeira — Tá toda estranha, nem se mudar pra cá quer — neguei com a cabeça
— Deve ser trauma mãe, deixa ela, é até bom ela não vir mesmo — minha mãe concordou
— E você já foi pegar suas coisas? — neguei
— Vou quando o Riquelme voltar, não quero ir com ele longe não — falei indiferente, mal ela sabe que nem sair daqui eu posso
— E ele tá aonde? — perguntou levantando
— Saiu, ah, essas coisas deles aí mãe, não procuro saber — ela concordou
— É até bom mesmo, daqui a pouco tão te envolvendo nisso, até jogam coisa que tu não fez na tua conta — falou séria
Fiquei quieta comendo meu biscoito, aí uó, se minha mãe souber que eu tô correndo o risco que tô, ela surta legal, prefiro nem falar, só me calar na minha insignificância, é foda sabe.
Carina chegou com a Melody, naquela agitação dela, eu amo muito, fizemos um almoço, na maior conversa, só faltou Gabriel.
— Tô preocupada — Carina murmurou baixo pra mim, olhando em volta pra ver se minha mãe tava prestando atenção
— Com que? — perguntei fazendo carinho no cabelo da Melody
— Aí não sei, fico preocupada com o Rafael
sabe — concordei— Vai dar tudo certo cara! Eles já são acostumados com isso — ela negou
— Nem sempre dá né? Isso tudo é imprevisível — balancei o ombro indiferente tentando não focar muito nisso.
Almoçamos strogonoff de camarão, nem preciso falar que quase rolei no chão de tanto comer, meu Deus, comida é vida.
Carina e minha mãe começaram a beber e eu fui tomar um banho de piscina, botei a Melody dormindo na minha cama e troquei de roupa.
Fiquei admirando minha barriguinha, gente, gravidez é uma doidera né? Tô gerando uma VIDA dentro de mim cara, tem um neném dentro da minha barriga, caraca, nunca imaginei que isso estaria acontecendo, hoje, agora!
Dizem que gravidez muda a mulher e isso é a mais pura verdade, to me sentindo bem inchada, já perdi um pouco da cintura marcada que eu tinha, meu cabelo tá uma verdadeira merda, meu rosto mais cheio.
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Delírios - Livro 2.
Teen Fiction(1° TEMPORADA DISPONÍVEL EM MEU PERFIL) 2 Temporada - Trago essa rosa, para lhe dar. "Porque amor é justamente isso. É ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enreda...