06 - Rick.

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— Coe coroa, calma po, to bem! — falei abraçando minha mãe

— Aí meu bebê, é tão bom ver você aqui! — segurou meu rosto — Subi correndo quando teu tio me avisou que você tava solto — riu

— Tô po, tô na pista de novo! — falei fazendo Bia rir do meu lado

— Vem, fiz um almoço pra vocês — minha mãe falou entrando na casa me puxando junto

— E tu tá por onde mãe? Abandonou legal a casa em — falei sentando na cadeira e olhando umas caixas no chão da cozinha

— Ficava aqui só pra ficar mais perto de você, to na barra e não pretendo voltar pra cá não — falou mexendo nas panelas — E já pensou no agora? Vai deixar essa vida né meu filho? — me encarou séria

— Ih mãe, corta minha onda não, namoral! Nada haver esse assunto po! — ela revirou os olhos e botou a travessa em cima da mesa

— Já falei com ele, sogra! Agora que tá na liberdade, arrumar a vida né? — Beatriz se meteu, encarei ela serião, calou a boca rapidinho

— Aí tá vendo? É com ela que você tem que ficar mesmo! Mulher que te quer só por que tu tá nessa vida não leva você a lugar nenhum — minha mãe falou, neguei com a cabeça

Maior sufocação mas segurei a onda, to afim de estresse não, marquei dali, maior saudade da comida da minha coroa, deixei a Beatriz lá e parti pra reunião.

— Tá tudo nos conformes, geral lá pago, geral aqui pago também, bailão, tudo do teu jeito, como tu gosta — Meu tio falou, concordei

— Zero risco de lombrar? Os menor já chegaram?— perguntei, ele negou

— Tudo palmeado! — concordei — Tu tá de volta, quero tu honrando essa porra toda, valeu? — falou sério — Tu tá cheio de ódio, eu to ligado, mas não se afoba não, Rick.

— Jae, tudo no tempo certo, tu sabe que tô na revolta com motivo, quem traiu, vai cair — ele concordou

Mais uns conformes, dei um rolê na favela com os crias, daqui a pouco os manos tão brotando também, maior saudade, cadeia não é lugar não, namoral, maior sofrimento, quero passar esse sufoco nunca mais!

— Amor, quero fazer minha unha pra mais tarde — Beatriz falou abraçando minha cintura

— Vai lá po, pega o dinheiro ali — falei acendendo um cigarro

— Me leva lá? — me deu um selinho, concordei pegando uma blusa

Foi toda toda em cima da moto, várias olhando, deixei ela no salão e marquei do bar, mina tá envolvida pra caralho, queria nem tá de laço com ninguém, mas é foda po, mina tava comigo no sufoco, vou largar não.

🐦 - BRADOCK: paz pelo morrão👍🏼

Avistei a Beatriz saindo do salão, já fui me adiantando, os moleques da segurança foram levantando também, quero tá brotando no baile, hoje eu to pras fodas.

— Gostou? — perguntou me mostrando a unha, rosa fortão

— Ficou aulas po — falei ligando a moto — Demora não valeu? Quero tá chegando tarde no baile não — falei pilotando

— Tá mô — falou abraçada na minha cintura

Deixei ela na minha mãe e fui pegar umas peças, peguei um traje, mano nego brotou, resenhei com eles, embrazamento já rolando firme, cheguei em casa embrazado.

— Você tava aonde? Não atendeu o telefone por que? — Beatriz falou alto vindo na minha direção, toda arrumada, olhei pra ver se minha mãe tava pela casa e nem achei

— Ih ow, fala baixo po, tá doidona? Ram — falei trombando no ombro dela, ela veio atrás puta

— Tenho cara de otária? Tava com aquela piranha né? EU SABIA. — falou parada na porta, ri abrindo a mochila e jogando as coisas em cima da cama

— Surtando por nada, maluca! — tirando a blusa e botando em cima da cama — Tava com os moleques po, tá doidona mermo, num é possível

— Aham, sou boba não tá? Vai achando. — falou indo pra sala

Tomei um banho, botei meus cordões, meus armamentos, pai tá chatão, que isso, botei meu traje, a doidona tava com um bico do tamanho do mundo sentada na sala.

— Bora maluca — falei rindo, ela revirou os olhos levantando — Ow, cheia de marra, num fode — puxei ela pelo cabelo — Se liga hein, to contigo, to contigo po, tem outras não — beijei o pescoço dela

— Acho bom mesmo! — falou séria, dei um beijão logo nela pra ela ficar ligada

Chegamos no baile, geral parou pra olhar, o homem tá de volta, não tem jeito, tropa na pista, vagabundo se rasga e piranha joga na cara, olha e baba.

— Segurança máxima, alemão nem tenta — nego falou com o fuzil levantado

— É os pitbull do homem porra! — falei acendendo um cigarro

DJ anunciou que a tropa tava presente, bailão parou, maior muvuca, vários crias, olhei na direção do camarote, nervosão com essa multidão já, mas sem reclamar po, hoje é só lazer, meu olhar bateu na Carina, do lado dela, a Giulya, de frente pra mim, poucos passos, o menor com o rosto no pescoço dela, mão chega coça pra fazer uma besteira, tomar no cu, mas me controlei, desviei o olhar.

— Vamos Riquelme? — Beatriz falou entrando na minha frente, vermelha, puta.

Segurei ela pela nuca e fomos na direção do camarote, ela tava boladona, queria nem dançar, começando a me estressar já po, gosto de mulher cheia de mimimi não.

— Vai ficar de neurose? Ram, te botar pra casa já já — falei no ouvido dela

— Tô normal! — falou pegando uma latinha de redbull


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Delírios - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora