Delírios - Livro 2.

32 - Giulya.

Descansei meus pés no painel do carro, encarando o Riquelme, um pouco mais a frente, do lado de fora, conversar com uns meninos.

Suspirei cansada, depois de um sexo violento desse, tô até sem pique de voltar pra baile, momentos como esse ficam marcados, tem socadão no útero que marca mais que um eu te amo.

Liguei a luz de centro e sentei direito, mexi no porta luvas a procura de uma bala ou algo comestível e senti meu coração apertar ao encontrar um saquinho com um pó branco dentro, tem mais saquinhos desses jogados pelo chão do carro, minha garganta apertou, não tem quem fique bem numa situações dessas né? Mas, machuca saber que possivelmente ele tá sendo usuário dessas coisas.

Guardei o saco no mesmo lugar e desliguei a luz, engoli a saliva com força tentando me livrar daqueles pensamentos, seria algo a ser conversado depois, não agora, com os dois alcoolizados, o Riquelme abriu a porta, ele entrou apertando o botão para abaixar as janelas e assoprou a fumaça do baseado para fora.

— Tu quer volta pro baile? Os menor quer me apresenta como dono, tem um parceiro do meu tio das antigas aí — falou apoiando o braço na janela e me olhando

— Humm, pode ser, você que sabe! — falei me olhando no vidro, não estou tão desarrumada assim

— Fazer esse bate e volta, já já nós mete o pé — concordei, abri a porta e sai arrumando minha roupa, fiz um coque no cabelo e botei meu óculos escuro, já tá quase amanhecendo

Ele agarrou minha cintura por trás e fomos andando assim, Nego soltava algumas piadinhas nós fazendo rir.

— Ram, casalzão po, tá de bobeira, tava demorando pra vocês voltarem — VN falou me fazendo rir

— Caralho, chatão vocês hein, porra — Riquelme falou passando o braço pelo meu pescoço

Parei no camarote e cacei a Carina mas não encontrei em lugar nenhum — Cadê Carina? — perguntei pro Gabriel

— Nem te conto, brigou feio com o Rafael, meteu o pé putassa — ele falou no meu ouvido, neguei com a cabeça

— Achei que tu tinha ido embora — Alana falou alto, tá bêbada já

— Eu fui — ri sem graça arrumando meu cabelo 

O som parou e todos os meninos subiram no palco, no meio deles, o Riquelme, os que estavam embaixo começaram a levantar os fuzis.

— RK, tu e mano di verdade, cria, não é criado não, vai tá comandando tudo que era do comando do paizão, o chefe agora é ele, máximo respeito, total admiração! O COMANDO É TEU — o baile todo começou a gritar e foi muito fogos pro alto

Riquelme ria todo bobo de cima do palco, dançava a música que tocava, balançando a cintura ignorante, as piranhas tudo nervosa embaixo, ri negando com a cabeça, meu homem, sou apaixonada!

Ele desceu do palco, voltando a posição sério, veio com a mão pra trás, na minha direção — Pra tu, patroa! — falou estendendo a rosa na minha direção, ri toda sem graça, todo mundo nos olhava e começou a cantar uma música do Ferrugem, o DJ soltou um: Alô Giulya, primeira dama, essa o patrão mandou tocar pra tu, o baile parou pra prestar atenção na gente.

De repente vem você realizar meu sonho
Colorindo o meu mundo de felicidade
E a gente num segundo foi se apaixonando de verdade
Eu confesso, devo estar completamente louco
Caminhando bem distante da realidade
Eu só tenho a certeza que estou te amando, de verdade
Foi só olhar pra você
Perdi o medo
Hoje eu não quero saber
Se ainda é cedo
O amor é lindo
Te quero tanto
Fica comigo
Me faz sonhar.

— Meu deus, você é imprevisível mesmo! — falei abraçando ele, ele riu passando o braço por cima dos meus ombro e beijando o meu rosto

— Tá toda vermelha tu, caralho — riu no meu ouvido

Dei um selinho nele, me bateu uma vontade de chorar horrível, aí fico logo sensível, Riquelme não pode fazer essas coisas comigo não gente! Eu não aguento.

🐦 - DESCANSE EM PAZ, BRABÃO🖤🙏: sempre ela kkk 🥰😏

@anon1: É A GIULYA????????
@anon2: dahora rk, brabo é tu
@anon3: +1 uma corna kkkkkkkkkkkkk
@giulya: sempre você! 🥰💖💏