Simplesmente o Paraíso

736 56 90
                                    

Aviso: Capítulo +18 e de leitura não obrigatória.




"No qual nosso herói e nossa heroína perdem o fôlego."


Beijar Maria Carbonell, ter o raio de sol nos meus braços depois dela confessar sua paixão por mim e esclarecermos tudo, sentir o corpo curvilíneo colado ao meu de maneira escandalosa, tudo isso já está maravilhoso. Mas não é o suficiente. Eu preciso de mais porque a quero demais. É um desejo implacável diferente de todos que senti até hoje. Uma necessidade mil vezes mais urgente e forte. Algo que me consome e ameaça me enlouquecer.

Se Maria tivesse dito não, eu teria me afastado dela no mesmo instante. Não seria fácil. Aliás, seria bem frustrante lidar com o duro problema entre minhas pernas. Mas eu teria respeitado sua vontade acima de qualquer coisa.

Para meu total deleite, Maria disse sim sem hesitar mais. Graças aos unicórnios e duendes nos quais acredito desde então, ela disse sim! E era apenas essa bendita palavra que eu precisava ouvir para pegá-la no colo de imediato e levá-la até a cama.

Depois de algum tempo me dedicando lascivamente aos tornozelos delicados e lindos que tanto mexem com minha imaginação, ouço Maria me chamar, a voz não mais que um sussurro, um pedido suplicante carregado de desejo. E é com satisfação que atendo à minha dama mordaz, partindo para cima dela com movimentos impetuosos, fazendo seu corpo afundar sobre o colchão com o peso do meu.

A chama consumindo seus olhos e a respiração entrecortada fazendo o peito subir e descer com dificuldade são as últimas coisas que vejo antes de mergulhar na sua boca com tudo o que tenho a oferecer. O beijo faminto, malicioso e, ainda assim, terno é correspondido com igual paixão, ao mesmo tempo em que Maria se agarra ao meu pescoço. Numa resposta quase involuntária, ela afasta as pernas timidamente, permitindo que eu me acomode melhor entre elas.

Com uma mão atrevida, encontro um dos seios e começo uma carícia por cima do vestido. A princípio, suave. Depois, firme. Sempre, contínua. Maria suspira contra os meus lábios e arqueia as costas, como se pedisse por mais do meu toque, sofrendo da mesma necessidade implacável que faz meu corpo endurecer ainda mais.

Preciso tocá-la. De verdade. Pele com pele. Calor com calor. Ou irei enlouquecer de fato.

É com esse pensamento que busco os botões frontais do vestido e abro cada um deles o mais rápido que sou capaz. Anos de prática em despir as mulheres não me decepcionam e logo a parte superior está aberta sem que eu precise interromper o delicioso beijo.

Com o acesso facilitado agora, abaixo a alça da combinação de tecido fino que envolve o corpo de Maria e alcanço o seio macio com a palma da mão. O mamilo intumescido em contato com minha pele em chamas é simplesmente o paraíso. O raio de sol estremece sob o meu corpo enquanto retomo a carícia, e um gemido agoniado com ar de surpresa escapa dos seus lábios.

— Howard... — Ela afasta a boca e me lança um olhar desorientado. A respiração arfante. — O que você está fazendo comigo?

Paro de imediato. Por um instante, não entendo o que Maria quer dizer, mas então uma possível explicação surge nos recônditos da minha mente e tenho que perguntar:

— É a sua primeira vez?

Há um momento de estranho silêncio.

— Segunda. — Uma nuance de tristeza perpassa o semblante dela. — Você se importa?

Gênio Infame, Dama MordazOnde histórias criam vida. Descubra agora