All For Her ✔️

Who is she?

Thomas Shelby, o chefe da família Shelby.

Cigano. Ladrão. Assassino. Gangster.

Todos os defeitos do mundo podiam perpassar a personalidade desse homem inglês maldito, mas talvez o pior deles fosse a ambição. Ele sonhava alto, tão alto quanto uma torre de marfim, vivendo com a cabeça perdida em grandes planos surreais.

O fato é que ele possuía um grande dom, o da persuasão.

Bastavam apenas cinco minutos de conversa com qualquer um para que estes comprassem toda e qualquer ideia louca que ele tirasse da cabeça. Sem brincadeira alguma. Não é à toa que hoje ele se encontra tão rico que pode quase perder o controle do tamanho de sua fortuna caso se descuide.

Mas isso era o suficiente?

Tommy se perguntou isso por um ano ou dois, vendo sua família plenamente feliz e satisfeita, os negócios legais e ilegais sob controle...

E a resposta sempre era: não, não era e jamais seria.

Ele era ambicioso o suficiente para sempre querer mais, muito mais. E foi daí que surgiu a brilhante ideia que ele apresentou aos rapazes na reunião de hoje.

- Precisamos dar um jeito de conversar com esse barão. - diz Thomas, andando ansioso de um lado para o outro na sala de reuniões.

- Que história é essa Tommy? - pergunta John, seu irmão do meio, rodando um palito entre um lado e outro da boca.

- É um barão de não sei onde, lá na Alemanha, mas isso não importa exatamente. O que importa é que ele se mudou para Londres essa semana, ouvi dizer que são amicíssimos do rei e que a filha se casará com o kaiser Guilherme em breve.

O silêncio se instaura na sala, os rapazes se entreolham e alguns até mesmo coçam suas cabeças. Quem diabos era esse tal kaiser Guilherme? Que relação isso tinha com a filha do tal barão e os Shelby?

- Ah! - expira ele, coçando as têmporas. - O kaiser é o equivalente ao nosso rei, só que alemão.

Várias exclamações de entendimento ressoam entre os homens, como se finalmente tivessem compreendido toda a ideia mirabolante de Thomas.

- Nós fomos ilustremente convidados para o baile pelo ministro Churchill graças aos meus nobres favores prestados para a coroa. - orgulhosamente, Tommy tira de seu terno um convite adornado de um selo lindamente trabalhado. - É aí que nós entraremos em ação, em um mês.

- Tommy, olha, me desculpe, mas eu ainda não entendi aonde você quer chegar com isso tudo. - manifesta Arthur, seu irmão mais velho, enquanto fumava um charuto de modo impaciente.

- Vamos ao baile, conhecemos o barão e o convencemos a casar a filha com um de nós. - Tommy diz, como se fosse simples e fácil assim.

- Você ficou doido. - Michael, primo deles, nega, acendendo um cigarro. - Não vamos nem chegar perto dessa tal filha de sei lá quem, muito menos casar alguém com ela. Qual é Tommy, essa foi boa. Dê apenas uma boa razão para o barão pomposo não casar a filha com ninguém menos do que um rei.

- Fiquem tranquilos, eu tenho um plano. - com um sorriso satisfeito, Thomas se vira.

Ele dita aos subordinados como, onde e o que deveriam vestir, todos fariam breves cursos de etiqueta e aparariam bem suas barbas e bigodes para o grande dia.

O palácio do rei estava sendo fabulosamente adornado para as festividades.

Conforme os dias se passavam, mais ansiosos todos eles ficavam para descobrir como eram esses tais nobres vindos de tão longe. Haviam dez vezes mais seguranças e guardas rondando a propriedade do que o normal, e se já haviam muitos empregados antes, agora então nem poderia se dizer ao certo quantos eram.