Radioactive

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¨... - Eu vou mostrar pra você quem manda aqui.¨

Quando a melhor parte do sonho chegou, infelizmente acordei com o celular doido na cabeceira, parecia um vibrador.

Olho na tela um número desconhecido e atendo, em meio a um bocejo sonolento.

- Alô.

- Lisie, abra a porta.

Aquela voz sedosa me despertou por completo. 

- Só um pouco. - digo, completamente arrepiada.

Troco meu pijama velho por uma camisola sensual e penteio os cabelos, jogando um roupão levemente aberto nos seios. 

Depois de uma escovada de dentes relâmpago, estou abrindo minha porta, encontrando um deus grego parado junto à ela.

- O que você está fazendo aqui? - questiono, esfregando minhas coxas umas nas outras.

Ele me olha, completamente tomado de desejo.

- Eu simplesmente não consigo mais ficar longe de você. 

De supetão, ele avança e me agarra, fechando a porta em meio a essa dança de corpos. Seus braços me esmagam de um jeito delicioso e tudo que eu consigo fazer é tentar me grudar ainda mais a ele.

- Nós nascemos pra ficar juntos, minha rainha. - ele sussurra de forma febril.

Chegamos até meu quarto, a luz da lua iluminando parcialmente o cômodo. Sou jogada na cama e observo enquanto ele tira sua roupa, me fazendo delirar de excitação.

Ele vem pra cima de mim e beija meu pescoço. 

Finalmente vai acontecer...

- Liesel! 

Pisco, olhando para o lado.

Parado ali estava Michael e seu sorriso idiota, acompanhado de John. Travo o maxilar, ciente de que estava revivendo um de meus sonhos picantes no meio do expediente.

- Sim, o que foi?

- No que pensava? - John pergunta, a sobrancelha levemente arqueada em uma expressão divertida.

- Nada.

Dou de ombros, voltando a picar os vegetais.

- Parecia estar bem longe daqui. - Michael diz, pegando um pedaço de cenoura e jogando na boca.

O piercing reluz rapidamente, fazendo algo piscar em mim tão rápido quanto.

Faço cara feia.

- Acho que não é da conta de nenhum de vocês. 

¨ Principalmente quando acabei de ver um dos dois bem pelado na minha cabeça

- Sei... - John debocha, palitando os dentes.

- O que vocês querem mesmo? 

- Só convidar você pra conhecer nosso clube, vai ter música da boa hoje e nós percebemos que você não tem saído muito. 

¨ - Sei... - John coça o nariz, olhando para o primo. - Nós temos um clube, gostaria de ir? ¨

Aquela memória de um sonho distante corta meu cérebro, atiçando a curiosidade de uma forma absurda dessa vez. Tudo parecia ser tão conhecido, tão... real.

- Claro, por quê não? - respondo, decidindo dar asas para a imaginação.

Eu iria descobrir o que esses sonhos estranhos queriam me dizer, e seria hoje o meu primeiro passo.

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