Wish me luck

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Michael P.O.V

- Deseje-me sorte. - beijo a testa de mamãe antes de sair de casa.

Penteando desajeitadamente várias vezes, e com a mão, meu próprio cabelo, vou até o palácio com um buquê de flores no banco de trás do carro.

Ela disse que estaria lá quando eu chegasse, e como prometido lá estava, em um vestido verde-escuro que parecia caro demais só de se olhar. Aquela figura se revelou completamente diferente de tudo que eu havia visto até agora, era como se exalasse um ar transformado, algo nobre. Algo parecia estranho ali, não que ela não fosse bela, mas era quase como se nada daquilo se encaixasse com a pessoa que eu havia conhecido até agora.

Com o cabelo preso e brincos que alongavam seu rosto, Elise estava definitivamente incrível.

- Boa noite. - deseja ao entrar no carro.

Eu fiz questão de abrir a porta e fechar para ela, pegando as flores no banco de trás e estendo-as para ela.

- São pra você. - sorrio sem jeito.

Os olhos dela me encaram com vivacidade, um azul único, jamais vi algo igual.

- Oh, elas são lindas, eu amei. - um afago surpresa em minha mão é depositado junto a um olhar de carinho verdadeiro. - Obrigada Michael.

Elise parecia genuinamente feliz naquele momento, os lábios arredondados para cima em um sorriso feliz. Seu olhar iluminado, cada vez mais brilhante conforme ia analisando as pétalas das flores e as cheirava delicadamente.

- Não tão lindas quanto você. - devolvo o agradecimento com um elogio, vendo suas bochechas pálidas ganharem vida.

Dei partida no carro e dirigi até um bom restaurante, a reserva estava na mesa mais bonita do lugar. Entramos e seguimos o atendente até o espaço, pedindo um bom champanhe e pratos deliciosos para ambos.

A noite estrelada dava contraste para aquele cenário que éramos nós.

- Você pensou em tudo isso, por mim? - sua cabeça rodava de um lado para o outro, sorrindo sem parar. - Eu sou só uma mera empregada, não tenho nada para lhe dar.

Estranhamente Elise tinha a capacidade de derreter o meu coração, pena que só ela não percebia aquilo ainda.

- Acho que seu sorriso já é o melhor presente que eu poderia querer. - respondo, olhando para baixo. - Não me importa se você é empregada ou não, gosto de você por quem é, não pelo que possui.

Ela passa um grande minuto calada e sinto como se tivesse falado bobagens absurdas. Agora certamente havia percebido que a admiro muito mais do que falo, mesmo que tenha ficado com meu primo, eu ainda sim queria ter uma chance com ela.

- Perdão se disse algo errado.

Sua cabeça nega, de um lado ao outro, lentamente.

- Você disse tudo certo. - sua mão esquerda encontra a minha sobre a mesa, e eu soube que talvez essa fosse a minha vez.

O jantar correu bem, bebemos e dançamos lentamente ao som do jazz suave que tocava no restaurante.

- Olha, eu realmente não contava que isso seria tão divertido. - Elise fala, sentando-se de volta na cadeira. - Confesso que estava com um pé atrás quanto a isso.

- Eu não sei se considero isso um elogio ou um golpe no meu ego. - faço uma piada, vendo que ela ri.

- É um elogio sim, não se preocupe.

- Me fale um pouco mais sobre você Elise, estou tão interessado em te conhecer melhor. - eu peço, ajeitando a rosa colocada no vaso ao centro da mesa. - De onde você é? Tem irmãos. Do que gosta de fazer? Esse tipo de coisa.

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