Scarlet lips

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Michael P.O.V

Mesmo depois de tudo aquilo, ela ainda deu as costas à mim como se nada tivesse acontecido, sem sequer olhar para trás, me fazendo pensar o quanto eu queria estapear aquela bunda mal criada até ficar tão vermelha quanto suas bochechas enquanto eu lhe dava tudo que merecia.

Volto para o clube e bebo mais, muito mais.

Os rapazes fazem piadas o resto da noite sobre como corri atrás dela feito um cachorrinho, e somente ri, afinal de contas fora eu quem acabara de me divertir com ela, não eles. Que deixem pensar em tudo que quiserem, sei de como posso adorar esse nosso arranca rabo silencioso, uma guerra travada com sexo e suor, por mim estava ótimo.

Mas eu a faria se ajoelhar, implorar por mais. Sim, faria. Liesel não poderia esperar para ver o que a atordoaria mais cedo do que o previsto.  Esse pensamento me fez dormir como um bebê quando cheguei em casa, desenhando um sorriso bobo nos lábios, ela pagaria caro, se pagaria....

...

- Acorda garoto! - sou estapeado, acordando subitamente e quase caindo da cama. - Veste logo uma roupa e lava esse saco, o Tommy já está lá embaixo te esperando.

- Também amo você. - grunho em meio um bocejo de ogro, passando as mãos pesadamente pelo rosto, esfregando os olhos com força.

Polly havia separado um belo terno para mim, a água do banho já quente me esperando na banheira. Não demoro além do necessário, perfumando muito bem esse corpo, penteando e deixando o mais impecável possível esse cabelo. 

Pisco para o reflexo antes de me permitir deixar o banheiro, aquela fase que estava se iniciando em minha vida parecia me fazer ser mais vivo do que antes, eu sentia vontade de finalmente protagonizar algo.

- Aleluia! - Tommy joga os braços pra cima, apagando um cigarro pela metade enquanto terminava de beber seu Whisky. - Anda logo Michael, não temos a porra do dia todo.

O caminho até o castelo fora animado, expectativas estavam sendo depositadas em mim.

- Iremos nós três então. - John se pronuncia, saindo de seu carro e se encostando no mesmo, observando tediosamente a cerca alta que guardava a fortaleza de pedra. - É bom que isso dê resultado...

- Cala boca John. - ralha Tommy, irritado. - Se eu te ouvir resmungar mais uma vez, faço questão de te mandar limpar o chão do pub por um mês.

Uma risadinha discreta escapa de meus lábios, a qual disfarço coçando o nariz sob o olhar repreensivo de John.

Quando as irmãs e o barão escapam para fora dos portões, vejo que John se remexe desconfortável, desviando o olhar de Theodora, esta por outro lado sorria maliciosamente. 

Já Liesel mantinha uma máscara de porcelana perfeita em seu rosto, não deixando uma mísera emoção transparecer.

- Como faremos? - pergunta o barão, observando os dois veículos e seus seis componentes de grupo. 

- Dois em um, quatro em outro? - sugere Tommy ao me direcionar um breve canto de olhos. 

- Eu posso ir com um passageiro se quiserem. - digo, dando de ombros. 

- Ótimo, ótimo. - o barão acaricia o bigode, observando as filhas. Era nítido que Theodora estava inquieta e John constrangido. - Iremos eu, você rapaz, minha filha e seu irmão. - decreta ele, entrando no carona do veículo. - Vamos Theodora.

Vendo John, Tommy e os demais se espremerem naquele carro me deu uma reviravolta no estômago. Tento agir o mais neutro possível, abrindo a porta do veículo para que Liesel pudesse entrar. 

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