Darling

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Michael P.O.V

Eu a sigo em silêncio absoluto e significativo, trêmulo demais para proferir uma palavra sequer.

Paramos em frente a porta de um quarto, o qual ela abre e me convida a entrar e eu o faço relutantemente. Observo enquanto passa a chave, garantindo que fosse permanecer trancada enquanto quisesse. 

Ela se aproxima de mim, tocando meu peito em um gesto inocente.

- Que tipo de jogo é esse Elise? - o meu coração dispara, tendo-a ali, sem saber que droga era aquela. 

- Não é jogo nenhum. - ela sussurra. - Eu tenho uma irmã gêmea, só isso. E meu nome é Liesel.

- Ela é morena. - rebato. - Você ficou com o John também.

- Ela usa uma peruca com a cor dos meus cabelos quando quer. - um beijo me cala, e a mordida de leve, calma, que puxa um pouco do meu lábio inferior para fora quase me faz esquecer o que eu queria dizer. - Trocamos de lugar, mas não de olhos. 

Miro o detalhe que ela cita e vejo um par azul inesquecível.

- Muita gente não nota. - seu nariz vai para meu pescoço, aspirando o perfume. - Mas eu sei que você notou Michael.

Estava certa, eu notei, John notou.

- Acho que não é uma boa ideia. - comento, sentindo algo me deixar desconfortável da cintura para baixo.

Liesel faz questão de se apertar contra mim, roçando seu corpo ao meu, os seios quase pulando para fora naquele corset apertado e indecente misturado ao vestido de princesa. 

Sua mão para lá, me fazendo apertar os olhos.

- Por favor, eu não vou conseguir me controlar se isso continuar. - suplico, me virando até a janela em busca de ar. 

Afrouxo a gravata de forma desesperada, quase como se fosse uma cobra apertando meu pescoço. Sinto sua mão em meu ombro me virar com força, dando de cara com somente suas roupas de baixo e o espartilho.

- Não é pra se controlar querido. - ela diz, invadindo minha boca com sua língua.

Meus olhos se reviram de prazer, eu nunca vi algo assim. E se era o que ela queria, era o que ela iria ter. 

Afasto-a um pouco, puxando com as duas mãos aquele corset, arrebentando-o. Um gritinho de leve escapou de seus lábios no momento em que sentiu a brisa suave da noite lhe beijar o corpo desnudo.

Beijo cada parte de pele ao meu alcance, prensando-a contra a parede. Termino de desgraçar toda a sua roupa de baixo, finalmente deixando seu corpo completamente nu, e apoio ambas as suas pernas em meus ombros, beijando diretamente seu centro de prazer.

Aquilo parecia surreal. Mesmo sendo a única mulher com quem me deitei até agora, parecia que já sabia exatamente o que fazer para agradá-la, como se eu já possuísse um mapa de seu corpo em minha mente.

Sinto-a arquear mas não paro, cravando minhas mãos em suas ancas com força para que não caísse e muito menos escapasse enquanto minha língua passeava em sua boceta ardente, tão molhada e convidativa. Não sei quanto tempo ficamos naquilo, era tão bom sentir seu corpo arrepiado, ouvir seus gemidos e sentir cada orgasmo que tinha de camarote.

Ela puxa meus cabelos com força e sem dó a cada momento, me obrigando a dar uma pausa antes que os arrancasse e me deixasse careca de vez.

Pensei que não sairia dali, mas me empurrou para a cama, arrancando ela dessa vez as minhas roupas. Eu a beijo, obrigando-a a sentir seu próprio gosto e ela adora, sugando com prazer meus lábios e minha língua. 

Aquilo me força a ajeitar o que minha roupa de baixo não suportava mais, em uma tentativa falsa de alívio.

- Não seja mau com ele querido, não é justo. - ela diz, fazendo uma trilha de beijos até abaixo de meu umbigo.

A expectativa era grande, seu olhos grandes me encaravam e eu os encarava de volta, em momento algum desviando. 

Mas eu fui obrigado quando senti sua boca em mim, jogando a cabeça para trás e agarrando os lençóis.

- Assim... - sussurro, levando a mão até seus cabelos e ditando o ritmo.

Apesar de parecer desajeitada e inexperiente no começo, depois de um tempo eu pude ver que já havia aprendido, me permitindo somente concentrar em durar mais do que cinco segundos.

Sua língua fazia maravilhas, e eu definitivamente não iria aguentar mais.

- Sobe. - suplico, apertando seu quadril ao sentir que tentava nos encaixar.

Com ajuda, finalmente conseguimos.

Iniciando uma cavalgada insana, em ritmo acelerado, eu só consigo morder os lábios e guiá-la no movimento com força, cada estocada mais intensa que a última.

- Não para, não para. - Liesel apoia as mãos em minhas pernas, jogando o tronco pra trás.

Sei que vou gozar, mas não consigo sair daquele momento.

Quando a hora finalmente chega, antes que possa raciocinar, ela senta com uma vontade que me deixa zonzo, não conseguindo controlar mais nada. Aperto sua coxa e gemo entre dentes, sabendo que aconteceu.

Ela não parece se importar muito, estava perdida no próprio momento de prazer.

Caímos lado a lado, respirando ofegantemente. Um minutinho, só para descansar é o que penso ao fechar os olhos.

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