Capítulo 27°

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Kiara Cavaliere.

—Rui! Eles... Eles são... —Vejo a dor em seus olhos e arregalo os meus.

—Não! Você também não. —Falo e minhas lágrimas começam a descer descontroladamente.

—Kiara, por favor... —Diz Elliot se aproximando de mim.

—NÃO! ME DEIXE EM PAZ! —Grito e ele dá alguns passos para trás assustado.

—Eu odeio todos vocês. Vocês são horríveis, são monstruosos. Tenho medo das pessoas que se tornaram. —Falo e começo a correr daquele lugar.

Esse com certeza era o meu pior pesadelo. Todos eles me enganaram por anos. Sempre me espelhava na figura dos meus irmãos, quando na verdade, eles eram uma farsa. Por isso viviam viajando tanto, por isso foram embora. 

Quando chego no carro, minha raiva me consome ao ver o grande Bugatti preto que Elliot havia me dado a dias atrás. Pego a chave e jogo no vidro da janela, mais ela nem se quer arranha.

Blindado, é claro.

Kiara!—Ouço a voz de Elliot atrás de mim e me assusto virando de uma vez e dando de cara com ele na minha frente.

Nossas bocas ficam a sentimetros uma da outra e eu consigo sentir sua respiração forte e agitada, olho em seus olhos e os vejo confusos e tristes olhando para os meus. Me concentro em seus olhos e os meus começam a derramar lágrimas. Nunca conseguiria esquecer tudo isso, acho que nunca conseguiria aceita-ló dessa forma.

—Você me enganou.—Falo olhando em seus olhos que perdem o foco por um momento.

—Eu sinto muito por isso, eu queria protege-lá disso tudo, não queria perde-lá.—Fala e eu sorrio.

—Você é um filho da puta Egoísta.—Falo e meu peito arde quando ele levanta a mão para tocar meu rosto, mais vê que sua mão estava suja de sangue e a abaixa rapidamente.

—Eu preciso que me perdoe, Kiara.—Fala e eu nego.

—Eu preciso que você me deixe em paz, Sr. Monteiro.—Falo.

—Eu não posso aceita-ló com essa vida, com todas as mortes que carrega. Eu não posso, não consigo.—Falo e me viro.

—Eu te amo, Kiara.—Fala me deixando paralisada, minhas lágrimas não param de cair e eu sei que logo logo eu estarei morrendo de soluçar.

Eu o amo?

Sim! Eu amo ele. Amo ele demais, mais não sei se posso viver com isso, não sei se posso me acostumar com ele.

—Eu não posso.—Falo.

—Claro que pode, eu sei que também me ama.—Fala e eu suspiro.

—Agora não, Elliot.—Falo e volto a andar.

Assim que eu chego fora do estacionamento, vejo que está chovendo e suspiro. Vejo um táxi passar e peço para que o mesmo pare, olho para trás e vejo Elliot parado me encarando, seus olhos estavam marejados e tristes, suas mãos estavam nos bolsos e seu rosto não estava erguido como sempre está, sem o sorriso tubarão.

Entro no táxi e peço para que ele me leve até meu apartamento, que na verdade, era de Elliot.

Pago o motorista e entro no apartamento.

Elliot Monteiro.

—Ela foi embora?—Pergunta Theresa chegando por trás e eu passo a mão nos olhos enxugando-os.

—Ela me deixou.—Falo fica na minha frente e me encara.

—Você está chorando?—Pergunta e eu nego.

—Claro que não.—Falo e ela nega.

—Elliot, faz anos que não te vejo chorar.—Fala e passa a mão em meu rosto.

Vejo ela olhar para trás, mais contínuo parado.

—Vocês estão dispensados! Levem o carro de Elliot.—Manda Theresa e vejo todos saírem e irem para seus carros.

—Converse comigo!—Manda Theresa e eu desvio os olhos da saída por onde ela se foi e olho para minha irmã.

—Eu a perdi, estraguei tudo.—Falo olhando em seus olhos e depois volto a olhar mais uma vez para a saída.

—Olhe para mim, Elliot.—Pede e eu faço.

—Você ama Kiara?—Pergunta, eu mordo meu lábio e assinto.

—Você acha que ela também ama você?—Pergunta e eu olho para a saída mais uma vez e a revejo ir embora sem olhar para trás.

—Agora eu não sei mais. Eu estraguei tudo, Theresa.—Falo e ela suspira.

—Vamos, vou te levar a um lugar.—Fala e eu aceno.

Kiara Cavaliere.

Entro no uber e peço para que ele me deixe no hotel em que havia encontrado na internet.

Era simples e eu não teria que pagar muito caro. Depois de deixar minhas malas no hotel, vou até a oficina onde estava meu carro.

—Boa tarde Sra. Monteiro.—Fala e eu suspiro.

—Cavaliere.—Corrijo e ele sorri envergonhado.

—Sinto muito, eu pensei que...—O interrompo.

—Tudo bem.—Falo e ele acena.

—Seu carro está do jeito que o Sr. Monteiro pediu para que deixasse. Pode isso demorou um pouco, eram muitas mudanças para fazer e muitos reparos. Não encontramos algumas peças, então não tinha como deixar da maneira certa, então colocamos seu carro a venda e colocamos outro no lugar.—Ele puxa a lona de cima do carro e eu encontro um SUV preto e reviro os olhos.

Esses carros de luxo com certeza te persegue.

—Esse carro não custar uma fortuna?—Pergunto e vejo ele sorrir.

—Essa concessionária é dos Monteiros a anos, Sra. Eles tem o carro e a moto que quiserem na hora que quiserem.—Explica e eu aceno.

Claro que é deles!

—Tudo certo então?—Pergunto ele acena.

—Todo seu.—Fala e entrega a chave.

Eu poderia me acostumar está nesse carro, mais o pior é que esse maldito carro me lembraria todos os dias da luxúria que transbordava dele.

Contínua.

A Secretária Do Mafioso.- Nas Garras Do CEO. 🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora