Capítulo 19°

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Kiara Cavaliere.

Acordo e viro, mas percebo que estou sozinha na cama e olho pela janela, vendo que ainda era noite. Me levanto e pego a blusa de Elliot que ainda estava no chão e visto a mesma. Pego uma calcinha boxers no closet e visto também. Fecho alguns botões da blusa e saio do quanto em busca de Elliot.

Vou em quase todos os lugares da casa e não o encontro, então decido me dirigir até a porta de vidro que dava para o jardim no terraço.

Estava escuro e buzinas distantes soavam nas ruas abaixo. Eu não vinha muito no jardim da primeira vez que vim, eu achei muito estranho ter um jardim e uma jacuzzi em um quintal de um apartamento. Me perguntava se todos os apartamentos desse prédio eram iguais.

Olhei ao redor e o encontrei sentado na borda do jardim, não tinha como ver seu rosto, mais eu ouvia sua respiração pesada.

Me aproximo e sento-me ao seu lado.

—Porquê está aqui?—Pergunta.

—Eu vim procura-lo e você, porque está aqui?—Pergunto e ele me encara.

Seus olhos estavam vazios demais e seu semblante estava cansado.

—Eu machuquei você...—Fala baixinho, mais eu ainda consigo o ouvir.

—Elliot!—Falo mais ele não parece me ouvir.

—Eu perdi o controle e machuquei você.—Fala e seu rosto era puro espanto.

—Eu sou um monstro, Kiara.—Fala sem me encarar.

—Elliot, calma. Você não é um monstro.—Falo e ele me encara e depois olha para meus pescoço.

—Você não me conhece, não sabe quem eu sou.—Fala e começa a se levantar.

Me levanto e fico na sua frente o impedindo de ir embora. Ele parecia está entrando em uma crise de pânico.

—Elliot!—Chamo e toco seu ombro, mais ele da um passo imediato para trás me deixando sem reação.

—Elliot, por favor...—Paro a partir do momento que eu o vejo andar até a parece e ficar de costas para mim, encostando sua cabeça na parece e fechando os punhos.

Eu não sabia muito o que deveria saber, pensei em ligar para Theresa, mais até eu ir no quarto e voltar, ele já poderia ter ido embora.

—Eu jurei para mim mesmo que a protegeria de tudo, mais quem vai protege-lá de mim?—Pergunta e eu me aproximo dele.

—Elliot, por favor. Eu estou pedindo para que você fique calmo e me escute.—Falo e o abraço por trás.

—Você não me machucou, está bem? Certo que estou com algumas marcas, mais eu gostei e vai sair logo logo. Você só foi mais intenso dessa vez, Elliot. Olha pra mim!—Mando o soltando e ele obedece.

—Isso não foi uma agressão.—Falo e ele fecha os olhos.

Suspiro e pego sua mão e coloco ela um pouco acima do meu peito fazendo ele me encarar confuso.

—O que você está fazendo?—Pergunta olhando para a minha mão segurando a sua em meu peito.

—Eu percebi que você sempre segura meu pulso para sentir minha pulsação. Quando eu estou brava, triste, feliz, você sempre sabe. Você sente.—Pego minha mão e coloco em seu leito nu fazendo ele contrair ao meu toque.

—Seus batimentos estão acelerados. São batidas rápidas, fortes e intensas. Você está está um caos e eu não sei o que está acontecendo com você, Elliot, mas eu estou aqui com você e sempre estive por mais que eu te odeie.—Falo e ele sorri.

—É mútuo.—Fala e segura minha mão em seu peito com a sua mão livre.

—Eu sinto muito por ter te trazido para essa situação, eu vou te proteger até de mim mesmo se for preciso. Não vou deixar nada acontecer com você.—Diz e eu aceno.

—Eu sei que vai me proteger de sei lá o que está falando, eu tenho certeza que vai.—Falo e fico nas pontas dos dedos para dá um selinho em sua boca.

—Agora tire isso tudo da sua cabeça e vamos entrar. Aqui fora está congelando meus órgãos e você está apenas de cueca.—Falo e ele acena.

Entrelaço sua mão na minha e o puxo para dentro de casa.

—Você pode ligar o aquecedor?—Pergunto e ele acena.

Ouço o alarme de segurança e nos viramose olhamos para o televisor para vê quem estava querendo entrar no elevador do apartamento naquela hora. Assim que a imagem apareceu, vi um homem vestido de preto, cheio de tatuagens e havia uma mulher ao seu lado.

—Eles estão a minha procura.—Fala olhando vidrado para a tela.

Vou até o painel de controle, mais antes que eu possa colocar o código de segurança, Elliot segura meu pulso divagar.

—Você não vai abrir para eles, eu irei colocar minha íris na frente do coletor de dados e vou programar para aceitar só minha decida e não a subida deles.—Fala e eu aceno saindo da frente do painel.

Vejo Elliot pegar o iPhone que estava preso ao visor para o caso de programação e começar a mexer no mesmo. O elevador é chamado mais uma vez pelas pessoas que estão lá em baixo, mais Elliot parece não se importar. Um a luz vermelha aparecer e Elliot colocar o rosto em frente ao scanear e logo a luz ficar verde.

Olho para seu rosto e vejo que ele estava com um semblante de raiva e começo a me preocupar.

—O que está acontecendo, Elliot?—Pergunto e ele me encara.

—Nada demais, vou resolver agora. Você terá que fazer suas malas!—Fala e eu arregalo os olhos.

—Minhas malas?! Porquê?—Pergunto.

—Esses dois são... são repórteres, se eles vieram até aqui e foram direto na porta do seu elevador, é porque eles disconfiam e não podemos correr o risco de aparecermos na mídia. Se isso tudo vazar, vai ter um grande conflito.—Fala e eu aceno.

Aqueles dois não pareciam ser repórteres, mais eu não tinha muito tempo para discutir e precisava arrumar minhas malas porque algo me dizia que teria que sair rápido, muito rápido.

Deixo Elliot na sala de estar e subo as escadas até meu quarto, onde pego minhas malas em cima do guarda roupa e começo a arrumar minhas coisas.

Contínuaa.

E esse casal??? Ai ai 😍

A Secretária Do Mafioso.- Nas Garras Do CEO. 🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora