Is it love - Drogo VLM1

Capítulo 130

Eu suspiro, esgotada com nossa briga. Lorie não entende de tão brava. Já está na hora de acabar com isso.

- Você sabe, Lorie, eu estava falando sobre você com um amigo... - Eu digo

- E foi lindo? - Diz Lorie

- Essa não é a questão. - Eu digo

- Mas se! - Diz Lorie

- Em suma, ele me perguntou qual era o meu trabalho aqui na casa Bartholy... - Eu digo

- E você disse o quê? - Diz Lorie

No segundo momento, ela gritou como se estivesse sendo esfolada. As suas mudanças de humor são esgotantes.

Pelo menos eu tenho um controle mínimo da situação...

- Eu disse a ele a verdade: Que eu cuido de uma pequena praga que adora liderar seu mundo com perversidade! - Eu digo

- Você não disse isso?! Você não tem o direito! - Diz Lorie

- Eu disse sim! - Eu digo

Ela começa a gritar e resmungar. Seu estardalhaço é ensurdecedor.

- Já chega Lorie! - Eu digo

Mas nada a faz parar. Ela continua a gritar como uma louca furiosa.

Peter entra no quarto, certamente incomodado pelos incessantes gritos de sua irmã.

- O que está acontecendo aqui? - Diz Peter

- É ela, ela é horrível, deixa-a ir, deixa-a ir agora! - Diz Lorie

- Lorie, começe a se acalmar! - Diz Peter

- Eu sabia que você ficaria do lado dela, você a prefere a mim, eu odeio todos vocês! - Diz Lorie

Estou cansada de tudo isso. Eu só quero mandar tudo para o inferno!

Peter se aproxima de mim para não ser ouvido por sua irmã.

- Vai descansar um pouco, eu vou cuidar disso. - Diz Peter

- Obrigada, Peter. - Eu digo

Eu saio do quarto sem olhar para Lorie. Impossível ter piedade dela, ela é muito detestável.

Você deve acreditar que todos os membros desta família são muito complicados para mim! Somente o Peter encontra graça nos meus olhos.

Uma vez no meu quarto, fora da vista, a máscara sera que eu exibia para a Lorie rachou. Eu me sinto oprimida pelas minhas emoções, dominada pela minha dor. Isso consome toda minha energia.

Eu permaneço no meio do quarto, com os braços largados ao lado do corpo, sem saber o que fazer com meu corpo. Eu olho em volta, examinando todos os detalhes deste espaço que considero meu.

Talvez tenha sido melhor para mim encontrar um terreno comum com Lorie... Brincar com ela teria me permitido ocupar meus pensamentos. Esquecer...

Peter chega rapidamente no meu quarto.

- E a Lorie? - Eu digo

- Ela está bem, não se preocupe, estou preocupado com você. - Diz Peter

- Por que? Você não... - Eu digo

- Não é seu jeito de conseguir controlá-la. Você normalmente faz tudo sozinha. - Diz Peter

- É verdade, mas não havia mais força nem desejo. O dia já está cheio de emoções e a Lorie estava difícil, como de costume. - Eu digo

- Você não precisa levar isso para o pessoal. É verdade que a Lorie às vezes é... - Diz Peter

- Difícil? Tentada? Infernal? - Eu digo

- Digamos que ela tem uma personalidade forte. - Diz Peter

- É o mínimo que podemos dizer! - Eu digo

- Você conseguiu resolver as coisas com o Drogo? - Diz Peter

Meu rosto deve estar de dar medo. Ele entende rapidamente que tem algo errado e abre seus braços.

Sem pensar muito, eu me aconchego nele como um refúgio, à beira das lágrimas. Eu as evitei por tempo demais, agora elas correm soltas como a correnteza de um rio.

Peter me leva à cama e me obriga a sentar. Ele gentilmente me abraça e acaricia ternamente o meu cabelo, esperando pacientemente que o dilúvio pare.

Acabo soluçando como uma criança, finalmente afundando em um silêncio cheio de significado.

- Converse comigo... - Diz Peter

- É o Drogo, ele está brincando de montanha-russa com meu coração! - Eu digo

- Você tentou falar com ele, forçá-lo a ouvi-la? - Diz Peter

- Ele sempre se recusa a me ouvir, por que ele faz isso? Esta ruptura o torna tão infeliz quanto a mim. - Eu digo

- Às vezes, tomamos as decisões necessárias para o bem dos nossos entes queridos, mesmo que isso nos faça sofrer! - Diz Peter

- Bem, ele está errado! - Eu digo

- Tente ver as coisas do ponto de vista dele, por dois minutos, ele está apenas tentando protegê-la. - Diz Peter

- Se ele parar de constantemente se torturar, nós poderíamos encontrar uma solução juntos, mas ele prefere me evitar! - Eu digo

- Ele a ama, mas ele se vê como um perigo para você, e seu comportamento é lógico, deixando você, ele mantém você segura. - Diz Peter

- Esse é o motivo mais bobo que já ouvi na minha vida! - Eu digo

- Sem dúvida, mas é dele. - Diz Peter

Mantenho minha cabeça no ombro do Peter. Sua compaixão me ajuda a falar tudo que foi dito e me feriu. Eu me sinto um pouco menos mal, mesmo que esse horrível vazio permaneça.

Sempre sinto que estou perdendo parte de mim mesma, enquanto o Drogo fica longe de mim.

- Dê-lhe tempo. É o melhor que você pode fazer. - Diz Peter

Peter está certo. E não é como se eu tivesse outras mil opções!...