Meu segundo café da manhã com a Sarah e sua avó é melhor do que o de ontem. Todos nós escolhemos a mesma abordagem: O silêncio.
A tensão ainda é palpável, mas parece que nem a Cassandre nem eu queremos começar o dia com uma briga.
Eu deito na minha cama e cubro meus olhos com meu antebraço. Por que me sinto como se estivesse passando pelo melaço com a velha?
Alguém bate na porta. Eu me levanto em meus cotovelos e digo para entrar. A Sarah coloca a cabeça no vão da porta.
- Afim de um passeio até o porão? - Diz Sarah
- Por que não? Não é como se eu tivesse mais alguma coisa para fazer. - Eu digo
Para ser honesta, eu concordaria com qualquer coisa se isso significasse não ficar sozinha com meus pensamentos confusos.
Eu sigo minha amiga para a sala de estar. Ela se move em direção a uma porta entreaberta que eu não havia notado antes.
A porta se abre para uma velha escada de madeira que desce na escuridão. Não posso deixar de fazer a comparação com o porão da Mansão Bartholy.
- Tenha cuidado ao descer! Seria uma pena se você quebrasse o pescoço agora! - Diz Sarah
- Sim, com certeza seria inconveniente. - Eu digo
A Sarah tira o telefone do bolso e liga para o aplicativo de lanterna. Nós lentamente descemos as escadas, cada degrau rangendo enquanto passamos.
No fundo, uma enorme sala retangular emerge lentamente da escuridão. Cheira a mofo a teias de aranha prendem no meu cabelo.
A Sarah acende uma lamparina a óleo, revelando várias prateleiras cheias de livros, potes, velas, crânios de animais e outros itens.
É muito macabro...
- Que... Interessante! Aqui estamos no porão... - Eu digo
- Este lugar realmente pertence a todo o clã. Todas nós protegemos esse lugar. - Diz Sarah
- Ok, e onde estamos exatamente? - Eu digo
- Este é o depósito do clã. É onde guardamos nossos arquivos e relíquias desde que a vila foi construída. Então é um tesouro inestimável! - Diz Sarah
Eu vejo uma vassoura de palha em um canto. Eu sorrio.
- Isso também faz parte da coleção? Devemos ser capazes de montá-la? - Eu digo
- Pessoalmente, eu acho que as vassouras são bobagem! Além do mas elas devem machucar sua bunda! - Diz Sarah
Nós trocamos olhares e começamos a rir. A Sarah é tão espirituosa...
- Na verdade, para mudar de assunto, o clã tem seu próprio grimório? - Eu digo
- Sim, mas eu não sei onde está. A minha avó o mantém seguro em um esconderijo secreto. Ela é a única que sabe sua localização. Foi passado de uma matriarca para outra desde que o clã foi fundado. Cada um deles adiciona novos feitiços ao longo dos anos. É um dever de recordação. - Diz Sarah
- E só por curiosidade, não temos permissão para lê-los? Como uma bruxa novata, eu poderia aprender muito com isso. - Eu digo
- Somente a matriarca pode olhar através de suas páginas. O grimório é protegido por um feitiço muito poderoso. Ninguém pode quebrar o selo. - Diz Sarah
- Por que o conhecimento de uma comunidade inteira só deve ser conhecido e usado pela matriarca? Isso é ridículo... - Eu digo
- Essa é a tradição! Matriarcas são as protetoras do grimório. Não podemos permitir que caia nas mãos erradas. - Diz Sarah
Eu simplesmente não entendo...
- E as outras bruxas? Elas têm seus próprios livros de feitiços? - Eu digo
- Sim! Nós os chamamos de livros da sobra. Cada mulher recebe seu livro de feitiços de sua mãe ou da matriarca do clã. - Diz Sarah
- Ah, entendo... Então, como uma órfã sem um clã oficial, acho que posso descartar essa possibilidade. - Eu digo
Uma tristeza repentina escurece a expressão da Sarah. Ela desvia o olhar desconfortavelmente e se concentra na lâmpada de óleo.
- Você poderia se juntar ao nosso clã se você quisesse... - Diz Sarah
Sim, claro... Contato que eu concorde em me tornar uma vampira e desista do contato com os Bartholy!
- Eu não acho que você deveria ficar presa aos detalhes por enquanto. O mais importante é a sua sobrevivência... - Diz Sarah
É claro que minha sobrevivência é a prioridade, mas estou pronta para pagar o preço?
- Devo admitir que tudo isso está além de mim. Ainda preciso de tempo para pensar. Essa decisão é importante demais para ser tomada de cabeça quente. - Eu digo
- Eu entendo, desculpe. Eu não estava tentando influenciar você. - Diz Sarah
- Eu acho que seria difícil ser neutro, mesmo com toda a força de vontade do mundo. Não se preocupe, eu não me ressinto por isso. - Eu digo
A Sarah coloca a mão no meu ombro para me agradecer, e sorri aliviada.
Se as coisas pudessem ter sido diferentes...
Eu penso em minha mãe novamente. Se ela estivesse me ensinando sobre magia, eu não me sentiria frustrada e impotente hoje.
Em vez disso, eu sei tão pouco sobre magia que um livro de sombras não seria de nenhuma utilidade para mim! Eu não seria capaz de preencher uma única página!
No final, quanto mais eu aprendo sobre o clã, mais me envergonho do quanto eu não sei... Eu luto contra todas as probabilidades para conter minha raiva.
Dizem que a raiva é um conselheiro inepto... E nunca resolve nada!
Esta é uma situação delicada. Se a vida fosse um jogo de pôquer, eu diria que recebi uma mão muito ruim.
No entanto, sempre tenho a opção de blefar e avançar. Quem sabe, talvez eu consiga cartas melhores na próxima rodada.
Solto um suspiro frustrado, passando um dedo por uma prateleira empoeirada.
- Sarah, por que nós descemos ao porão? Havia algo em particular que você queira me mostrar? - Eu digo
- Foi para... - Diz Sarah
De repente, o som de vidro quebrando nos interrompe.
Nós duas pulamos. Eu reflexivamente agarro o braço da minha amiga. Eu ouço meu pulso batendo nos meus ouvidos.
Meu Deus... O que foi isso?
(PESSOAL, TUDO BEM COM VOCÊS? SOU A GAROTA SECRETA BR. BOM, A HISTÓRIA CHEGOU NO LIMITE DE CAPÍTULOS. NÃO SABIA QUE 200 ERA O MÁXIMO QUE PODERIA SER PUBLICADOS. ESTAREI CONTINUANDO A HISTORIA DO DROGO, EM OUTRO LIVRO. ME SIGAM, ENTRE NO MEU PERFIL E CONTINUE LENDO. VAMOS SABER MAIS SOBRE O FIM EM QUE A SOPHIA WHITE TERÁ!)
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Is it love - Drogo VLM1
FanficSophia White, uma garota que busca por mudanças de ambiente por conta da morte de seus pais, encontra um lar em uma cidade pequena: Mystery Spell. Ela fará a faculdade lá, enquanto trabalha como Au pair para a família cheia de mistérios que lhe aloj...