Is it love - Drogo VLM1

Capítulo 122

Preciso de um momento para recuperar meus sentidos.

Quando volto para a sala de jantar, reparo que a Lorie se foi. E o Nicolae já a levou para a escola.

Só estamos o Peter e eu. Ele se levanta, suspirando por causa da minha derrota.

- Venha, eu vou te levar. - Diz Peter

- Você me promete que você não vai me dar um sermão, como seu irmão? - Eu digo

- Já tivemos o suficiente de um pai moral, mas se você precisar conversar, você sabe que estou aqui. - Diz Peter

- Eu sei, Peter, você é um verdadeiro amigo. - Eu digo

- Desde que você pare de impor a presença constante da Sarah, não se preocupe. - Diz Peter

Não posso deixar de rir.

- Eu prometo. - Eu digo

Nós deixamos a mansão falando sobre tudo e nada, e me sinto um pouco animada. Peter é realmente bom para me animar.

É bastante surpreendente quando penso nisso. Ele, o vampiro torturado e melancólico. Devo estar realmente desesperada.

- Sophia, eu sei que aconteceu alguma coisa com o Nicolae, ele estava um pouco chateado quando ele saiu... - Diz Peter

- Ele está se metendo no que não lhe diz respeito. - Eu digo

- Tudo sobre o Drogo lhe diz respeito, ele é nosso irmão, mas ele nem sempre é muito confiável. - Diz Peter

- Mas por que ninguém confia nele? Isso é louco! - Eu digo

- Porque é Drogo! A besteira é um estado natural nele! - Diz Peter

- Você está sendo injusto! - Eu digo

Como ele poderia agir de outra forma, se sua própria família espera permanentemente o pior dele?

- Dia isso a Mia! - Diz Peter

Não acredito.

No entanto, um dia teremos que seguir em frente.

- Ele cometeu um deslize, ele não queria que fosse desse jeito! - Eu digo

- Aconteceu no fim do verão, Sophia! Não teve receita ainda. - Diz Peter

- Mas eu não sou a Mia, e eu estou bem! - Eu digo

- Por que você se compara com a Mia? Não tem nada a ver com isso... - Diz Peter

Eu viro para a janela do lado do passageiro e finjo estar interessada no que está lá fora.

Eu me sinto desconfortável, eu sei muito bem porque me comparo com a Mia...

Eu não suporto seu olhar. Acabei de conversar com Nicolae, e não quero começar de novo com ele.

- Sophia! Não me diga que... - Diz Peter

- Deixa para lá, está bem? - Eu digo

Sem esperar, ele tira meu lenço!

Como ele ousa?

- Me devolve! Você não tem o direito! - Eu digo

Peter está muito atordoado e eu rapidamente recupero meu lenço e o enrolo no pescoço para esconder a mordida.

- Eu não esperava por isso... Eu não sabia que você estava a fim desse tipo de viagem! - Diz Peter

- Não tem nada a ver com nenhuma viagem... Foi mais uma extensão carnal... Como dizer... - Eu digo

- Você pode me poupar dos detalhes de seus momentos com meu irmão, por favor? - Diz Peter

Ele mostra uma cara embaraçada.

- Porque, até agora, eu estava bem em não saber de nada! - Diz Peter

- Eu estava curiosa, pensando que no calor do momento seria fantástico, e foi... De certa forma. - Eu digo

Peter dá uma risada um tanto cínica.

- Ainda assim, isso não explica o seu ar doloroso esta manhã. - Diz Peter

- Ele terminou comigo. - Eu digo

- Então, finalmente, as coisas não foram tão bem assim! - Diz Peter

- Eu posso ter perdido a consciência. - Eu digo

- Possivelmente? - Diz Peter

- Mas não por muito tempo! - Eu digo

- Ah... Isso muda tudo. - Diz Peter

Eu olho para ele. Não aprecio sua atitude gozadora. É muito próximo da do Drogo, nesses momentos desagradáveis.

- Agora eu entendo melhor porque o Nicolae estava tão preocupado! - Diz Peter

- Eu apenas expliquei a ele sobre a mordida, não dei mais detalhes. - Eu digo

- Você não precisou, por causa da gravidade da sua ferida, ele deve ter suspeitado disso. - Diz Peter

Tá cada vez melhor...

- Para resumir, o Drogo me deixou, Nicolae está com raiva de mim... E você... - Eu digo

- E eu tento entender o que pode ter feito você querer ser mordida, mas você conhecia os riscos... - Diz Peter

- Eu tinha lido muitas coisas sobre o assunto, e realmente parecia algo intenso... - Eu digo

- Esse é o problema, com todos os livros que fazem a apologia aos vampiros!... Eles geralmente esquecem de especificar os riscos envolvidos. - Diz Peter

Eu pensei que ele, pelo menos, estaria do meu lado. Que ele poderia entender o vínculo que me une ao Drogo.

Em vez disso, ele me deixa com a sensação de ser uma pequena idiota cheia de caprichos.

Sim, estou errada em não confiar em ninguém, mas na realidade não é uma questão de vontade. Estou apenas consciente de que não tenho ninguém para confiar.

- Estou cansada de me justificar, acho que fui punida o suficiente, o Drogo está me evitando como uma praga agora, então se você e o Nicolae pudessem me dar um tempo, isso seria ótimo! - Eu digo

O Peter estaciona o carro silenciosamente em frente ao campus, desliga o motor e depois vira-se para mim.

- O mais importante é que você está bem, aparentemente, e, felizmente, para você, nesse caso. Quanto ao Drogo... - Diz Peter

- Eu não quero falar sobre isso. - Eu digo

- Quanto ao meu irmão, você não deve se preocupar tanto. Ele é bastante otimista, você sabe, e quando a pressão baixar, ele voltará. - Diz Peter

- Você está enganado. - Eu digo

- Ele é meu irmão, eu sei o que estou dizendo... - Diz Peter

Um sorriso ilumina meu rosto. Retiro tudo o que acabei de pensar da cabeça. Felizmente, o Peter está aqui... Sem ele, eu ficaria cada vez mais para baixo.

Ele é o único que é constante na minha vida. O único que nunca fica chateado e continua sendo meu amigo em todas as circunstâncias. Mesmo quando eu jogo minha raiva nele.

Ele me ajuda a sair do carro, depois me acompanha gentilmente até a minha sala de aula. Porque ele é assim: Atencioso e compreensivo.