Is it love - Drogo VLM1

Capítulo 175

Na manhã seguinte, levo alguns segundo para despertar do sono. Minha noite foi agitada, intercalada com horríveis pesadelos e insônia.

Quando acordo, não consigo me lembrar onde estou, mas depois as lembranças dos acontecimentos ressurgem com clareza insuportável.

Pela luz do sol que entra pela janela, posso dizer que já é tarde da manhã. E ainda assim não sinto vontade de me levantar.

Eu puxo o cobertor sobre a minha cabeça, envolvendo-me em um casulo quente e protetor.

O silêncio em torno de mim acaba me tirando do esconderijo. Eu observo ao redor da sala rapidamente: a Sarah se foi.

Eu noto um pedaço de papel em sua mesa de cabeceira. Eu me levanto do meu sofá e me aproximo para ler.

- Bom dia, querida! Estou na casa da minha avó. Volto assim que puder. Não saia do apartamento por nada. Você está segura aqui. - Diz Sarah

Minha amiga sempre foi otimista por natureza. Talvez seja até demais... Mas eu amo isso nela!

O pensamento de que as paredes de seu pequeno apartamento podem para o Viktor, no entanto...

Ela está se enganando. 

Com um sorriso fraco e resignado, continuo lendo.

- Não me subestime Sophia! Um campo de proteção irá mantê-la segura até que eu volte. - Diz Sarah

Eu começo a rir: Não é nem otimismo nem ingenuidade. Aparentemente, ela tem alguns truques na manga!

Coloco o papel de volta no criado-mudo e noto três grandes velas amarelas formando um triângulo no baú de madeira ao pé da cama.

Claramente o ritual que ela mencionou. 

Magia passiva sempre me intrigou. Deve levar tempo para dominar, mas certamente vale a pena!

Espero que um dia a Sarah me ensine a usá-las.

Eu prefiro cobrir todas as bases, afinal, não há nada melhor que uma boa defesa!

De qualquer forma, dada a minha situação, pode realmente ser útil. Uma espécie de seguro de vida!

Felizmente, a magia é rica e variada o suficiente para ter algo a oferecer para todos.

Então eu percebo a sorte que tenho de ter uma amiga tão sincera que se preocupa com a minha segurança.

A chegada iminente do Viktor poderia tê-la assustado, forçando-a a voltar atrás em sua palavra, e ainda assim ela não hesitou em me colocar debaixo de suas asas.

O pensamento me encoraja, então eu ligo a cafeteira e vou tomar um banho.

A água flui agradavelmente pela minha pele. Eu fecho meus olhos para relaxar e milhares de imagens piscam atrás das minhas pálpebras.

Belos e hipnóticos olhos cor de avelã, lábios finamente delineados, um sorriso despreocupado, os contornos de seu torso impressionantemente musculoso...

Sinto falta dele terrivelmente. Eu adoraria vê-lo novamente.

Emoção forma um nó na minha garganta. Com o estômago em nós, tento me concentrar no som da água. 

Eu não devo deixar essa onda de memorias me dominar...

Eu tenho que ficar de cabeça fria. Eu fugi... Para poder voltar vitoriosa. Esta situação é temporária!

Eu pretendo ganhar minha vida de volta. Não é simples nem fácil, mas é a minha vida. Pertence a mim!

Eu rio amargamente. Qualquer um que pense que eu permitira humildemente que roubassem meus poderes, não me conhece muito bem. Eu não sou uma coelhinha assustada.

A imagem do Nicolae aparece de repente em minha mente. Eu cerro meus punhos com frustração.

Por que o Nicolae sempre tenta me proteger? Sua preocupação comigo é sufocante!

Eu pensei que ele apoiaria minha ideia de uma aliança com as bruxas. Em vez disso, ele se escondeu atrás de seus antigos ressentimentos.

Eu posso entender que não é natural nem agradável se rebelar contra seu pai...

Mas o Viktor não tem direito sobre seu livre arbítrio. Suas convicções, por mais insignificantes que sejam, merece ser defendidas.

Fecho a torneira de água quente e saio do chuveiro sentindo uma estranha mistura de aborrecimento e determinação.

Eu me seco rapidamente e procuro meu uniforme... Idiota! Como se eu pudesse passear calmamente pelo campus e negar o perigo que estou correndo!

Eu visto uma roupa casual e volto para a cozinha. Eu me sirvo um pouco de café e pego um pedaço de pãezinhos que a Sarah deixou para mim.

Eu vou com o meu café da manhã para a sala de estar. E vejo minhas coisas e minha bolsa em uma pilha confusa. 

Isso resume a minha vida: a imagem de uma fugitiva!

Um sentimento de fracasso vem sobre mim. Eu dou uma mordida selvagem no meu pãozinho. O Viktor não perde por esperar! 

Os livros da Sarah chamam minha atenção. Eles estão empilhados em sua pequena prateleira na parede.

Hesito em mexer nas suas coisas sem permissão dela, mas preciso me distrair.

Eu coloco minha xícara no baú de madeira e pego um livro cujo título me intriga.