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Ivie Miller🧜🏼‍♀️

Ligação On

— Isso verdade o que ta acontecendo com a Rebecca?.

A voz do Luan suou assim que atendi a sua ligação.

— Infelizmente, to no hospital desde cedo com ela e meu tios.

— Puta merda! Deu tudo certo com o procedimento?

— Sim, ela já esta no quarto.

— Quer que eu vá ai? Ta precisando de alguma coisa?.

— Não amor, não precisa vim e nem se preocupa porque talvez eu passe a noite com ela.— Suspirei passando a mão me meu rosto.

— Sua avó comentou que ela não tava falando com ninguém.

— A médica falou que muitas mulheres acabam ficando assim, é uma fase que pode demorar ou não.— Comentei me encostando na parede.

— Complicado.

— Eu vou ver ela agora, depois te ligo.

Falei ao ver André saindo do quarto e indo embora.

— Ta bom, te amo.

Sorrio com sua declaração que eu não cansava de ouvir.

— Amo você.

Ligação Of

Guardo o celular na minha bolsa e caminho até o quarto, meus tios tinham ido lanchar então ela estaria sozinha. Assim que entro no quarto ela desvia o olhar e limpa o rosto, me aproximo e deito ao seu lado na cama sem dizer nada, ela fica paralisada por alguns minutos depois sinto seus braços em volta de mim.

— O filho era do André.— Ela falou após longos minutos de silêncio.

— Uhum, fiquei sabendo.

— O Alan veio aqui e falou que se eu precisar era só falar com ele.

— Ele é um homem bom, um ótimo amigo. Ficou aqui até liberarem para visitas.— Comentei ao me lembrar dele preocupado.

— Estava com medo dele se decepcionar se descobrisse que talvez o bebê fosse do André.

— Ele só estava preocupado com você.

Ela balançou a cabeça e ficou em silêncio novamente.

— Eu não consigo olhar para as outras pessoas, odeio os olhares de pena.— Ela falou irritada em um tom baixo.— Você não me olhou assim, nem meus pais.

— Porque conhecemos você, sabemos o que te deixa irritada e o que te faz bem.— Falei passando a mão em seu cabelo.

— Por isso só consigo falar com vocês três nesse momento, não consigo me expressar com os outros

— O que você ta sentindo agora?.— Perguntei, ela se desencostou de mim fechando os olhos.

— Em luto, totalmete. Não cheguei a conhecer meu filho mais eu sinto tantas coisas.

Ela confessou respirando fundo, seus olhos encheram de lágrimas mais ela lutava para não deixar descer.

— Eu fiquei pensando que eu não tive cuidado que talvez eu tive culpa com a morte do meu bebê.

— Não, nada disso.— Neguei.— Você não teve culpa de nada, lembra que a médica disse que ele parou de se desenvolver sozinho.

— Mais eu posso ter feito algo de errado, você não acha?.— Ela me olhou confusa com os olhos cheio de lágrimas.

Amor no topo #6Onde histórias criam vida. Descubra agora