E vamos de Capítulo 55

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A caminho de casa, pela mata escura, de cabeça baixa e mãos nos bolsos, levei um susto quando percebi a presença de Lauren ao meu lado

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A caminho de casa, pela mata escura, de cabeça baixa e mãos nos bolsos, levei um susto quando percebi a presença de Lauren ao meu lado. Vi que ela estava ofegante, por correr atrás de mim.

- Oi -, ela disse, pegando no meu braço para me acompanhar mais de perto. - Desculpa se fui grossa com você lá dentro, não era a minha intenção.

- Tudo bem. -, eu disse sem olhar para ela.

Ela suspirou contida, beijou rapidamente a minha bochecha, aquecendo meu coração e me desarmando como num passe de mágica.

Ela riu, de um modo doce quando eu tentei não sorrir com seu gesto espontâneo.

- Não é engraçado? -, ela disse repentinamente com um bom humor. - Chegamos até aqui com planos e eventos que seriam um prato cheio de análises para Freud.

- Você diz isso, mas é algo sério e preocupante. -, mal podia vê-la, esteava muito escuro. O peso do seu braço me confortava maravilhosamente, e o seu hálito quente aquecia minha face, me deixando com um arrepio gostoso.

Emergimos da floresta no campus deserto, azulado pela iluminação pública de North Hampden. Ao luar, tudo estava silencioso e estranho. Uma brisa suave fazia soar os sininhos de uma varanda qualquer.

Quando paramos perto dos dormitórios, ela olhou para mim, iluminada pela luz do poste.

Mesmo descabelada, ela era linda, a boca vermelha e convidativa. Só de olhar para ela podia jurar que desconhecia totalmente os planos que discutimos agora a pouco no apartamento da Robin.

Sua mão segurou a minha. Eu a apertei com força. Nuvens cobriam a lua.

- Durma comigo essa noite -, falei.

- Bem que eu queria -, ela disse. - Mas vim apenas te acompanhar até o seu quarto, essa noite. Preciso voltar e reprisar o plano com eles e esperar o Christian para repor tudo novamente.

Ela me olhou com carinho, beijou meus lábios, um beijo meigo que tinha gosto de café com balas. Ah, você, pensei, com o coração disparado.

Repentinamente ela se afastou.

- Preciso ir agora. -, ela disse, com o vento balançando seu cabelo, os sininhos soaram de novo, insidiosos e distantes.

- Não. Por favor, não vá.

- Preciso realmente ir agora, Camz. Ficarão preocupados se eu não aparecer para encorajá-los com o plano.

Ela se despediu com um beijo rápido e saiu caminhando pelo campus. Observei ela até que entrasse no bosque, depois enfiei as mãos nos bolsos e entrei.

A História Secreta - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora