Capítulo 12

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Boa leitura!

~•~

Quando entramos no parque, já demos de cara com personagens vivos do "Bob Esponja", "A Bela e a Fera", entre outros. Então a tarde já começou verdadeiramente mágica para Nashi e isso me deixa muito feliz, pois sua felicidade é a minha felicidade.

Eu não pude ter o prazer de  brincar em alguns brinquedos, mas me acabei naqueles que fui.

Eu amo esse lugar e estou me divertindo tanto. Quando nós duas fomos no carrossel, não me importei com nada além da alegria de estar tendo aquele momento maravilhoso com minha filha.

Toda essa diversão faz parecer que o tempo voltou e eu sou novamente uma jovem despreocupada. Então eu olho para aquele enorme sorriso no rosto da minha pequena e percebo que não queria estar em outra época.

Natsu trouxe uma câmera fotográfica e não perdia nada, nenhum sorriso. Pedi que ele ficasse atento a tudo, pois planejava revelar todas aquelas fotos e guardar com todo o carinho do mundo.

Depois de muito brincar, sentamos para aproveitar os sorvetes que compramos. Ele terminou o seu e foi ao banheiro.

— 'Tá gostoso, né? – perguntei.

— 'Xim.

— Nossa, Nashi, é o sorvete que 'tá te comendo? – perguntou Natsu rindo ao voltar.

— Não. – ela não entendeu.

Ele olhou para mim e eu dei de ombros. Realmente, ela estava com o rosto todo sujo. Eu não sei como, mas Nashi conseguiu a façanha de sujar até a testa.

— 'Nashu, 'vamo 'ai? – falou assim que terminou o sorvete, apontando para o carrinho bate-bate.

— Claro. Vamos nós dois contra sua mãe.

— Não 'queio 'i 'conta a mamãe. 'Vamo eu e mamãe 'conta você.

— Tudo bem. – ele disse 

Entreguei o lenço umedecido e ele passou no rostinho da menina.

— Eu não vou, ainda 'tô com o sorvete. Vão vocês que eu fico e tiro muitas fotos. Aliás, Natsu, você trouxe outro filme?

Não quis dizer em voz alta, mas a verdade é que detesto o carrinho bate-bate. Nunca gostei, acho tão sem graça.

— Eu trouxe. – ele mexeu no bolso. — Aqui. – me entregou e eu guardei na bolsa.

Natsu entregou os tickets e os dois subiram na pista. Nashi parecia analisar todas as cores e escolheu o carro azul. Ela correu até ele quando viu um garoto aproximar-se de seu escolhido, colocou a mão na lataria e fez careta para o menino, que fez bico e foi embora. 

— Ah, minha filha. – murmurei rindo.

O funcionário autorizou e a brincadeira começou. Nashi soltou um gritinho quando bateram no carrinho dela. Foi aquele menino que ela espantou. Ela fez biquinho e olhou indignada para o pai. O garoto bateu de novo. Natsu está dormindo, é?

— VAI LÁ, FILHA, BATE DE VOLTA.

Ninguém vai bater no carro da minha bebê. Natsu pareceu que acordou com o meu grito e foi para cima do garoto e do homem que o acompanhava.

Os sorrisos que eu via e capturava naquele momento de diversão, não tinham preço. Presenciar Nashi tornando-se, pouco a pouco, mais próxima do pai, era muito melhor do que todas as cenas que fantasiei ao longo dos anos. 

Em meio a tantas brincadeiras, a tarde passou. Agora estamos sentados no banco, comendo algodão doce e aproveitando a brisa. Ela tagarelava sobre os brinquedos e Natsu parecia ouvi-la atentamente. Parei um momento e admirei o sorriso que em nenhum momento abandonou o rostinho fofo. Nashi estava tão feliz, eu estava tão feliz. Senti as lágrimas caírem e virei o rosto, as secando rapidamente.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora