Capítulo 90

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E o tempo voa... 🍃

Boa leitura!

~•~

Lucy estava com 21 semanas, final dos 5 meses, e ainda não sabia o sexo do bebê, pois nas três últimas ultrassonografias, ele estava com as perninhas fechadas.

— E se o bebê estiver com 'vegoia de novo?

Nashi cismou que o motivo do seu irmãozinho ou irmãzinha estar sempre com as pernas fechadas, era por sentir vergonha de mostrar suas partes íntimas a todos.

— Aí a gente desiste disso e se surpreende na hora do parto. – Lucy disse, enquanto guardava com brutalidade as coisas na bolsa. — Eu não aguento mais ir naquela clínica, passar a porcaria do gel e nada. Não somos ricos também. A gente não manda bordar nome nenhum no enxoval e pronto.

Por que a loira estava com raiva? Bom, não tinha nenhum motivo específico. A razão dessas mudanças de humor eram os conhecidos hormônios.

Na gravidez da Nashi, Lucy experimentou instabilidade, mas nada comparado com o que estava acontecendo agora. Ela chegou a perguntar a doutora se não havia algum problema e a resposta que recebeu foi:

"Seus exames estão todos dentro do normal. Muitas mulheres tendem a estranhar quando vivenciam algo numa gravidez que não passaram na outra, mas é perfeitamente normal, pois cada gestação é única."

— Eu também fiquei de 'pena fechada?

— Não. – riu. — Na primeira vez que bati a sua ultra, faltou você colocar uma placa indicando que era menina. Sem um pingo de vergonha. – apertou a bochecha da criança.

Nashi também riu.

Natsu estava tão ansioso, que não conseguia participar da conversa. Essa será a primeira vez que conseguirá ir à consulta com ela. Por ele, acompanharia todo o pré-natal ativamente, mas era um homem trabalhador e tinha seus compromissos.

"Papai, a mamãe 'tá 'choiando de novo. Ela 'tá no 'cato." – a voz da criança lhe trouxe de volta e ele levantou no automático. 

Natsu tinha plena consciência do que estava acontecendo. Ele sabia que a culpa por Lucy estar naquela montanha russa emocional, era dos hormônios, mas Nashi não sabia disso. Para a menina, sua mãe estava ficando louca e isso a deixava triste. Ela não queria que sua amada mãe ficasse maluca. Uma hora a mais velha queria ficar agarradinha com os dois e na outra ela reclamava que não aguentava mais o grude deles.

Estava sendo complicado para todos.

— Por que você 'tá chorando, meu amor? – ele perguntou ao entrar no cômodo.

Sentou ao lado da esposa e segurou sua mão.

— E-Eu não 'tô chorando. – fungou e secou as lágrimas. — Eu só… Queria amarrar meu tênis, mas não consigo nem isso. – as lágrimas voltaram a cair.

— Você quer que eu amarre? – ela assentiu e ele ajoelhou.

Dragneel estava mais esperto com relação ao hormônios da mulher. Não que ele fosse um expert no assunto, mas tentava contornar a situação da melhor forma. Foi difícil aprender a lidar com momentos assim e com certeza era uma experiência e tanto. Cansativa e estressante, mas valia a pena. Estava gostando de vivenciar esse momento que considerava um dos mais importantes da sua vida. Da primeira vez não pôde, mas agora estava ali.

"Se tivesse alguma forma de mudar algo, eu não mudaria nada."

— Pronto. – levantou.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora