Capítulo 50

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Agora sim! 😊

Boa leitura!

~•~

Como todos os anos, os dias passaram num piscar de olhos e 31 de dezembro chegou. Exatamente por isso, enfrentei mais uma vez esse supermercado lotado, mas consegui comprar coisas baratas e boas.

Felizmente o rapaz do frete estava ali e eu o segui até o carro. Como se eu estivesse em um filme de comédia, as alças da sacola arrebentaram e as ameixas rolaram. Revirei os olhos e soltei uma risada, incrédula com esse azar. Catava as frutas, quando alguém se aproximou e me entregou três.

— Obri… – vi que era Igneel. —… gada. – levantei depois de arrumar as frutas na outra sacola.

De todos os supermercados, ele tinha que vir logo nesse? Mas para a minha surpresa, o homem virou e foi em direção à entrada. Eu dei de ombros e segui meu caminho até o carro do frete. 

Dessa vez não comprei tantas coisas, então abri a porta sem dificuldades. Ao entrar, Nashi e Natsu estavam assistindo desenho e eu passei em silêncio para a cozinha. Assim que me viu, ela pulou do sofá e correu para o quarto.

Natsu aproximou-se e eu desviei de seu toque.

— O que foi?

— Como assim: "o que foi?" – o encarei. — Você 'tá falando sério?

— Sim.

— Antes de sair, eu disse claramente: "Nashi 'tá de castigo no quarto. Não a deixe assistir tv". E ela fazia justamente isso quando cheguei. Já é a terceira vez que você faz isso. Das outras eu não disse nada, mas poxa...

— É porque ela 'tava chorando e eu achei que já era o suficiente.

— É claro que chorou, ela já percebeu que você cai na manha dela. Mesmo que pense ser o suficiente, você não pode me desautorizar assim. Já me viu desautorizá-lo antes? – coloquei as coisas na pia. — E outra, do mesmo jeito que Nashi cortou um pedaço da franja, ela podia ter se cortado. – suspirei. — Eu não 'tô brigando com você, apenas te deixando saber. Se acha que algum castigo que dei é exagerado, conversa comigo. Nesse ritmo de "eu castigo e você liberta", daqui a pouco serei a vilã da história.

Natsu suspirou e sentou na banqueta.

— Talvez, apenas talvez, você esteja certa sobre eu mimá-la. – ri. — Mas é tão difícil resistir àquele rostinho fofo.

— Eu entendo o que você 'tá dizendo, de verdade, mas ainda assim, você precisa segurar um pouco essa onda. – baguncei seus cabelos. — Não quero uma criança mimada em casa.

— Vou aumentar minha resistência.

Levantou minha blusa e me beijou a barriga.

— Hum… Vi seu pai.

— Ah, porra, que jeito de quebrar o clima. – ri. — Ele te disse alguma coisa? – perguntou preocupado.

— Não… Até meio que me ajudou. – disse pensativa. — Algumas ameixas caíram da bolsa e enquanto eu as catava, ele me entregou algumas.

— Só isso? – assenti. — Você não 'tá mentindo 'pra mim não, né?

— E por que eu faria isso?

— Não sei. – deu de ombros. — Naquele dia, você ficou contra mim e defendeu minha mãe. – fez bico e eu ri.

Ele se refere a quando me contou sobre o encontro dele com os pais e como eu concordei com a Grandine a respeito de todos terem seus defeitos e erros. Inclusive falando que não confio em gente "perfeita demais".

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora