Boa leitura!
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Coloquei a mochila nas costas e peguei o envelope que Makarov me estendia. Conferi o valor e vi que não faltava nada, pelo menos isso.
Eu realmente estava preparada para ser demitida, mas confesso que ontem quando ele me pediu para vir no horário normal, pensei que manteria o emprego e receberia apenas um desconto no salário ou algo assim.
— Apesar de tudo, eu agradeço por ter me dado essa chance. Afinal, foi com esse trabalho que sustentei a mim e minha filha durante esses anos.
Eu quero chorar, mas não darei esse gostinho a ele.
— Eu não tinha intenção de te dispensar agora, Heartfilia, mas você me forçou a isso.
— Eu apenas tirei férias, Makarov. Coisa que nunca fiz e nem recebi nada a mais por não fazer. Você pode não gostar, mas era um direito meu.
— Isso é o que você pensa.
— Não é o que penso, é o que a lei diz. Em todo caso, eu tive um bom desenvolvimento pessoal e profissional aqui. Mais uma vez, obrigada. – vou manter a linha.
— Espero que você tenha mais responsabilidade no próximo emprego.
Não acredito que ele teve a coragem de dizer isso! Manter a linha para quê?
— Ah, vá a merda, Makarov! – arregalou os olhos. — Mais responsável do que eu fui? Você acha que cobrar um direito meu é irresponsabilidade? Passei anos aturando sua falta de educação, fui explorada e nem um pouco valorizada. Aí só porque tirei um mês de férias, em mais de dois anos, você acha que isso é ser irresponsável?! Vai tomar no cu, seu velho mão de vaca e explorador!
— O qu…
— Eu hein! – o rosto dele estava vermelho de raiva. — Ah, e você diz a sua esposa, aquela bruxa, que se ela falar alguma merda na minha frente novamente, eu vou virar a mão na cara dela.
Não tenho um emprego para manter, não preciso mais pisar em ovos.
Andei em direção à porta.
— VOCÊ 'TÁ ME AMEAÇANDO?
— NÃO! EU 'TÔ AMEAÇANDO A ELA. A ÚNICA COISA QUE ME IMPEDIA DE BATER NAQUELA BRUXA FILHA DA PUTA, ERA ESSE EMPREGO, MAS JÁ O PERDI MESMO, ENTÃO NÃO PRECISO ME SEGURAR!
Bati a porta com força, pensei até ter trincado o vidro.
— VOCÊ ACHA QUE PODE FALAR ASSIM COMIGO E SAIR? – ele veio atrás e gritou no meio da calçada.
Sorte que já estava de noite e não tinha muitas pessoas em volta. Se bem que, todos ficarão sabendo mesmo.
Aproximei-me, mas não muito. Não sou burra, óbvio que mantive uma pequena distância de segurança para o caso dele avançar em mim.
— SIM, EU POSSO E VOU! VAI TOMAR NO CU, SEU VELHO FILHO DA PUTA! – virei e segui meu caminho.
Ouvia seus gritos, mas não prestava atenção. Em certo momento, parei, dei meia-volta e sorrindo, lhe mostrei o dedo do meio. Mesmo distante, ainda pude ver como ele estava com o rosto vermelho, só faltava sair fumaça da cabeça. Sorri e voltei a caminhar.
Ah, que se foda! Não é como se eu fosse conseguir outro emprego aqui.
Respirei fundo antes de abrir a porta do apartamento.
— Mamãe! – correu e abraçou minhas pernas. — Senti muitas saudades!
A peguei no colo e lhe dei alguns beijinhos.
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A Mistura Perfeita
Romance[EM REVISÃO] Por causa do conservadorismo, as pessoas da cidade não gostavam de Lucy e sua liberdade, mas ela sempre suportou tudo, mesmo sendo difícil, pois possuía o apoio de quem realmente importava: sua mãe e namorado. Infelizmente, a vida não...