Capítulo 61

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✨Uma curiosidade: diferente dos outros personagens, Grandine é inspirada em uma pessoa específica, uma mulher com quem tive bastante contato. Sei que hoje ela mudou, mas em outra época, era esse tipo de coisa que ela acreditava e dizia por aí. Lógico que as situações são diferentes, mas os pensamentos os mesmos. Então acredito que alguém aqui já deve ter esbarrado em uma "Grandine" na vida.

Boa leitura!

~•~

Será que eu estou tendo um pesadelo? Vendo uma miragem? É possível ter caído em algum universo paralelo? Se eu fechar a porta, ela desaparecerá?

— Não é o papai, é a mamãe 'deie. – soltou uma risadinha.

Se Nashi a vê, então ela é real mesmo. O que essa mulher está fazendo aqui?

— Posso entrar? – perguntou.

— Pode, 'enta.

Ela permaneceu no mesmo lugar e me encarou, claro que Grandine espera meu aval. Assenti e afastei-me para a mulher passar. Nashi a guiou até a sala e indicou o lugar para a mais velha sentar.

— Aceita uma água ou um suco? – perguntei.

— Não aceito nada, obrigada.

Será que é algum tipo de pegadinha? Nashi subiu no sofá e sentou ao lado dela.

— Como você 'encontou nossa casa? O papai te contou? 'Po que você 'tá aqui? 'Po que o papai não veio com você? 'Qué 've meus 'binquedos? – e o interrogatório começou.

— Nashi, respira e para com todas essas perguntas. – fez bico.

Grandine sorriu.

— Natsu também era assim, muito curioso e falador. – bagunçou o cabelo da menina e me olhou. — Será que podemos conversar, a sós? – perguntou.

— 'Po que eu não posso 'convesa também? Eu gosto muito de 'convesa. – cruzou os braços.

— Porque é hora dos adultos. – disse. — Vou ligar a tv do quarto 'pra você.

— Do 'cato? – assenti. — 'Séio? – novamente. — Ebaa! Eu gosto de 've 'teievisão deitada na cama. – correu para o outro cômodo.

Pedi licença e fui atrás. Deixei algumas recomendações sobre não querer bagunça ou gritaria. Após fazê-la repetir o que eu disse, encostei a porta do quarto ao sair. Eu estava vendo a mulher ali, sentada no meu sofá e segurando um porta retrato da minha família, mas ainda me custava acreditar que ela estava mesmo nessa casa.

— Então, Grandine, o que você 'tá fazendo aqui? – sentei no outro canto do sofá.

— Natsu foi me procurar no sábado. – fiquei surpresa. — Eu devia ter vindo antes, mas tive que cuidar do meu casamento primeiro. Igneel não sabia de nada e tivemos uma longa conversa.

Bom, se ele ligou e interrompeu a lua de mel de nossos amigos, não sei porquê essa informação me surpreendeu.

— Eu também queria ter conversado com ele, mas não consegui falar. Quem me dera ter resolvido tudo na conversa.

— Entendo, mas não compare sua relação com a nossa, é até injusto com vocês. Nós temos anos de estrada e experiência. Muita coisa já vivida, muitas pedras pelo caminho e muito problema resolvido.

— E o que aconteceu? – perguntei.

— Não contei nada, sei que é isso que você quer saber. – suspirei aliviada. Ele tem que saber por mim. — Apesar de saber tudo, não é assunto meu. Apenas fiquei surpresa. Depois de tanto tempo, pensei que você tinha decidido não contar nada

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