Capítulo 22

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Boa leitura!

~•~

Nashi tinha terminado o café da manhã e agora assistia seus amados desenhos.

A semana passou e sábado trouxe a mudança no calendário. Tirei a folhinha de novembro e pensei em como os meses passaram rápidos. Dezembro chegou e com ele veio o aniversário da minha princesa. Ano passado comprei um bolinho, fiz brigadeiros, alguns salgados e nós cantamos parabéns. Não foi nada grandioso, mas foi maravilhoso e tenho certeza que ela gostou. Esse ano não será apenas nós duas e por isso farei em maior quantidade. Aliás, preciso falar sobre isso com Natsu, acho que ele não sabe que o aniversário dela está chegando. Claro, como saberia?

Além do aniversário da Nashi, dezembro significa férias para mim. Esse ano resolvi arriscar ser demitida e "negociei" meu direito com Makarov, na verdade, posso ser demitida quando voltar. Pelo menos terei esse mês para pensar em um plano B.

— Mamãe não 'vamo 'tabaia hoje?

— Não contei? – ela negou. — 'Tô de férias!

— O que é 'féias? 

Ah, que tristeza. Trabalho tanto que minha bebê nem sabe o que é isso.

— Significa que eu não vou trabalhar nesse mês inteiro. Nós vamos ficar em casa o dia todo. Só volto 'pra loja ano que vem.

— O dia todo?! – perguntou surpresa.

— Sim!

— Todo dia?! – ainda surpresa.

— Sim!

— EBAAAA! O dia todo! Todo dia! O dia todo! Todo dia! – começou a pular.

Depois que a empolgação diminuiu, resolvi que era hora de ir ao mercado, precisava comprar coisas para o almoço. Desde que Natsu voltou, tenho estado mais aliviada com relação comida, contas, médico e essas coisas. Ele faz a parte dele, então tem me sobrado dinheiro, algo com o qual ainda não me acostumei, sempre acho que está sobrando porque esqueci de pagar alguma conta. Todo mês deposito uma pequena quantia para o caso de emergência. Mesmo que Natsu esteja aqui e me ajudando, não posso depender financeiramente de homem, a vida me mostrou que eles são instáveis.

Subimos no ônibus para o centro da cidade, lugar onde ficava o mercado principal e também o mais barato. Como pegamos o mesmo ônibus de sempre, tive que explicar que não estávamos indo para o trabalho. Descemos e seguimos nosso caminho. Nashi perguntava se podia comprar isso ou aquilo e eu pensava no que fazer para o almoço.

— Ei, loira bonita! – ouvi e ignorei. 

— Mamãe, 'tão 'faiando com você.

— Não é comigo. – puxei sua mão para que ela não olhasse para trás.

— 'Ioia bonita é você. – ri.

Quando chegamos no mercado, eu já tinha decidido o que fazer: lasanha. Podemos nos dar ao luxo de vez em quando. Peguei um carrinho e fomos direto à seção de molhos. Posicionei Nashi na minha frente, ela ficou entre mim e a gôndola. Verificava os preços até que encontrei um bom e barato na parte superior. Estiquei o braço para pegá-lo, mas alguém o pegou primeiro e depois senti um tapinha na nuca. Que merda. Virei puta, pronta para o barraco, mas ao invés disso, sorri ao ver quem era.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora