Capítulo 25

77 8 10
                                    

Boa leitura!

~•~

Acordei no momento em que senti a mãozinha apertar meu seio por debaixo da blusa e depois a perninha caiu por cima da minha cintura, mesmo assim não abri os olhos. Depois disso, não senti mais seu corpo junto ao meu. Despertei de vez quando um chute atingiu a lateral da minha barriga. Ouvi resmungos desconexos e os movimentos no colchão não paravam.

— Nashi, dorme.

— Como você sabia que eu 'acodei? Meu 'oios 'tava fechado.

— Sei porque sou sua mãe. Agora dorme.

— Não 'tô com sono. – sentou na cama e bufou.

— Deita e assim o sono vem.

— Não vai 'vim, não veio. – sentou na minha barriga. — 'Queio vê 'deseio.

Sentei na cama e peguei o celular, 2h45. 

— Não tem luz.

— Tem 'xim.

— Olha. – a tirei de cima de mim, andei até o abajur e soltei a lâmpada. Liguei a lanterna do celular e mostrei que apertava o botão. — Viu? Não tem. Eu vou lá fazer um leite quente 'pra você. – deixei a lanterna acesa para clarear um pouco.

— Poxa… Eu vou 'espeia o 'ieite quente aqui.

Saí do quarto e passei lentamente pela cozinha, a última coisa que queria era acordar o homem no sofá.

Preparei tudo e estava prestando atenção para não ferver.

— O que foi? – a colher caiu pelo susto que levei.

— Caralho, Gray. – falei baixo. — Que susto, cara.

— Desculpa.

— Nashi acordou e não consegue dormir. – virei a bebida morna no copo e acrescentei canela, mexendo bem a mistura. — Fiz esse leite 'pra ver se ajuda.

— Ah tá.

Entrei no quarto e Nashi pulava na cama. Andei até a cômoda e coloquei a lâmpada no abajur, ligando em seguida.

— A luz 'volto. – se jogou. — 'Queio 've 'deseio.

— Não, seu tio 'tá dormindo. – ela ia falar. — E você não vai ver aqui, a luz 'tá muito cara. – entreguei sua xícara.

— Ainda não 'tô com sono. – disse ao terminar.

— Tem que esperar um pouco. – coloquei o copo na cômoda. — Agora vem. – a puxei para meus braços. — Fecha os olhos e dorme. – dei tapinhas leves em seu bumbum.

Após três longas horas de enrolação, ela finalmente dormiu, coisa que eu não consegui fazer. Levantei lentamente e saí do cômodo, entrando no banheiro. Fiz minha higiene matinal e tomei logo um banho, pois se eu não conseguia dormir, precisava despertar de vez. Andei até a cozinha e vi que o café já estava pronto. Sempre que eu tinha uma noite dessas, tomava uma grande xícara de café, era tipo um ritual.

— Madrugada difícil, é? – sentou na banqueta ao meu lado.

— Nem fala, ela só dormiu ainda a pouco. Sabe o que isso significa, né?

— A primeira de algumas. – assenti. — Eu vou almoçar com com meus pais e depois 'pra vou 'pra casa.

— Cedo assim?

— Eu quero chegar em casa ainda hoje. – brincou.

— Ah sim. – ri.

— Ah, ontem eu chamei Natsu 'pra ser meu padrinho e ele aceitou. – disse sorrindo.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora