Capítulo 46

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Espero que gostem!

Boa leitura!

~•~

"AAAAH!"

Abri os olhos ao ouvir o grito que eu reconheceria mesmo que estivesse em coma. Procurei Nashi na cama, mas ela não estava ali e sim chorando no chão.

— M-Mamãe, eu caí da cama. – disse choramingando e levantando.

— Eu sei, vem cá. – a ajudei a subir e a deitei em cima de mim.

Será que Natsu não está no apartamento? Não apareceu até agora.

— Deixa eu dar um beijinho 'pra passar a dor.  – beijei sua testa e fiz carinho em seus cabelos. — Passou?

— 'Xim… – fungou.

— Deixa eu te contar um segredo. – ela aproximou o ouvido da minha boca. — Feliz aniversário, meu amor! – a abracei e dei um beijo estalado na sua bochecha.

— 'Bigada. – riu e me abraçou.

Peguei o telefone e vi que já era 9h30. Uau, dormimos muito, mas eu ainda me sinto cansada. Não devia ter me deixado seduzir por Natsu durante a madrugada.

De repente, Nashi sentou na minha barriga e tinha esse ar de espanto no rosto.

— 'Seiá que o Papai Noel passou enquanto eu 'domia? 

— Quer ver? – assentiu e só faltou pular da cama.

Ao passar pela porta do banheiro, ouvi o chuveiro e me senti aliviada. Então foi por isso que ele não apareceu.

— Oia, mamãe, 'eie passou! – correu até a árvore. — 'Oia quanto 'pesente! – ela estava abismada.

— Primeiro você tem que ver se são todos seus. Vai que ele deixou um 'pro seu pai também.

— E 'pa você também. 'Lemba que 'eie 'sempe deixa um 'pa você?

— É verdade.

A porta do banheiro abriu e Nashi correu como um foguete para dentro do cômodo vazio.

— Vem 'escova os dentes, mamãe.

Passei por Natsu, que claramente não estava entendendo nada e na hora que abri a boca para explicar as coisas, Nashi puxou a porta e ela bateu.

— Que falta de educação, Nashi! Eu ia falar e ainda fechou a porta na cara do seu pai! – briguei.

— Desculpa. – olhou para o chão.

— Olha 'pra mim, que eu 'tô falando com você. – me olhou. — Se fizer algo assim de novo, vai ficar de castigo.

— Eu não faço mais! 

— Acho bom mesmo! Eu hein!

Depois de terminar nossa higiene matinal e necessidades, deixamos o banheiro. A menina já havia desfeito o bico que minha chamada de atenção fez nascer.

— Não vai falar comigo não? – perguntou assim que viu Nashi ir para a árvore.

— Bom dia, papai! – correu até o pai, deu um rápido beijinho nele e ia se afastando, mas ele a impediu.

— Parabéns, princesa Nashi! – a pegou por trás e ela riu.

— 'Bigada. – sorriu e assim que seus pezinhos tocaram o chão, ela correu até a árvore.

Ninguém ganha do bom velhinho.

— Bom dia, meu amor. – me deu um selinho.

— Bom dia. – devolvi o selinho.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora