Capítulo 05

130 14 10
                                    

✨Foca aqui!✨
Não mudarei todas as palavras que Nashi fala. Se mudasse tudo, ficaria chato de escrever e pra vocês lerem também. Então não estranhem se em um momento ela não falar, sei lá, o "s" e depois usar!

✨Outra coisa!✨

Decidi fazer POV do Natsu, porque tem muitos momentos que quero que vocês vejam através dele, mas a maioria é da Lucy mesmo.

Boa leitura!

~•~

Depois daquele abraço no meio da sala, Lucy foi para o quarto e eu deitei no sofá. Apesar de cansado, não conseguia dormir. Minha mente dava voltas na tarde de hoje, em suas descobertas. Eu tinha uma linda filha com a mulher que amava, sim, ainda amava. Ela sofreu por uma fraqueza minha e meus próprios pais me enganaram. Era muita coisa para digerir. 

Quando cogitei a ideia dela estar com outro, torci de verdade por sua felicidade, enquanto secretamente desejava que fosse mentira. Eu pensei que ela não entrava em contato comigo, porque estava com raiva e por esse motivo não atendia minhas ligações.

E se eu tivesse procurado mais? 

E se eu não tivesse aceitado o intercâmbio? 

E se eu tivesse voltado antes dos 6 meses? 

E se eu não fosse estúpido? 

E se eu buscasse ela em cada canto dessa cidade? 

E se… De nada adiantava ficar nisso.

Quando o dia amanhecer, buscarei explicações com aquelas pessoas. Como eles puderam fazer algo tão cruel? E pensar que eu estava ansioso por voltar e ter um contato maior com eles. Só não me arrependia totalmente, porque, por uma obra do destino, pude encontrá-las.

Queria gritar e quebrar coisas, mas não podia. Levantei e fui até a geladeira pegar água. Olhei para a pia e havia um copo ali, agradeci mentalmente, pois não saberia onde procurar. Após beber cinco copos, senti vontade de urinar. Fui ao banheiro, fiz o que tinha que fazer e lavei as mãos. Ao sair, me senti tentado a abrir a porta do quarto, achei melhor não e andei de volta à sala, mas parei no meio do cômodo. Eu parecia uma assombração vagando sem rumo pelo apartamento. Após muito ponderar, resolvi ceder ao desejo e abri a porta. Uma luz fraca iluminava o ambiente, mas era o suficiente para vê-las. A menina dormia grudada na mãe, que tinha um braço em volta do corpinho. Sorri diante da cena e meu peito encheu de felicidade. Encostei a porta com cuidado e voltei ao sofá.

Nashi… De onde ela tirou esse nome? Seja de onde foi, escolheu muito bem. E pensando na minha filha e em Lucy, adormeci.

Senti uma presença próxima a mim, mas acreditei ser impressão e me entreguei novamente ao sono.

— 'Tá 'domindo? 'Queio vê: "'A Meninas 'Supepodeiosas". – alguém "sussurrou".

— Se diz "AS" e agora sai daí, menina. Não falei 'pra deixá-lo dormir?

— Eu 'tô 'dexando. 

Percebi que os sussurros não eram frutos da minha imaginação e abri os olhos. Olhei para frente e vi a menina, minha filha, parada com uma boneca nos braços. 

— O que são As Meninas que você falou?

Nashi olhou para mim, corou e depois para frente.

— 'Eie 'acodo sozinho, eu não fiz nada. – deu de ombros e eu ri.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora