Capítulo 37

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✨Não é egoísmo se pôr em primeiro lugar na sua vida. Você pode até achar que é, muita gente acha que sim, mas não é!✨

Boa leitura!

~•~

Natsu dormiu enquanto chorava. Eu fiquei tão triste, mas não posso mudar o que ele sente. Só posso apoiar e esperar que um dia ele veja que as coisas não são assim.

— Mamãe, seu 'ceiuia 'tá tocando.

— Ah, obrigada. – sorri.

Nem tinha ouvido o aparelho tocar. 

— Oi.

— Ele já chegou?

— Já. Soube que vocês conversaram… Obrigada.

— Que nada, mas sabe, quase fiz besteira quando ele chegou e disse que você tinha contado coisas.

— Ainda bem que não falou nada.

— Nunca falaria. Apesar de ser seu amigo e achar que você deve contar logo, isso é um assunto seu e no final, a decisão também é sua.

— Eu acho que… – olhei para a porta do quarto. —… não vou contar.

— Por quê?

— Você não viu como ele ficou. Gray, Natsu dormiu chorando. Eu não tenho coragem.

— Lucy, olha, contando ou não, eu 'tô do seu lado, mas se você decidir por esconder, por favor, faça de uma forma que ele não desconfie que você esconde algo.

— Eu sei… Você acha que devo contar?

— Sim, acho. – foi sincero. — Mas 'pra mim é fácil falar, não 'tô no seu lugar. 

— É… Acho que vou pensar nisso mais 'pra frente. O aniversário da Nashi 'tá chegando e não quero correr o risco de estragar as coisas. – suspirei.

— Bom, qualquer coisa, eu 'tô aqui.

— Eu sei.

Conversamos mais um pouco e nos despedimos.

Eu sei que devo ser sincera e contar tudo a ele, mas… Vou fazer isso, só não hoje.

— Mamãe, cadê o papai? – perguntou entrando na cozinha.

— Ele 'tá dormindo.

— 'Agoia? – olhou para a janela. — Mas ainda 'tá de dia.

— Pois é, muito dorminhoco. – falei rindo. — Sabe, ele também não 'tava se sentindo muito bem.

— 'Tá dodói?

— Um pouco.

— Poxa, 'fica dodói é muito 'iuim. – cruzou os braços.

— É mesmo. – tive uma ideia. — O que você acha de ir até lá e acordá-lo com seus beijinhos mágicos e cheios de energia? Traz ele 'pra almoçar.

— 'Tá! – saiu correndo.

Acendi o fogo e voltei a me concentrar na comida. Me distraí muito com a conversa no telefone. Ouvi uma movimentação atrás de mim e quando virei, ela puxava ele. Os dois pararam ao meu lado.

— Papai 'tá 'meió! – falou orgulhosamente e ele sorria.

— Eu não disse que os beijinhos ajudariam? – baguncei seus cabelos. — Agora senta lá, vou te servir sorvete. – ela foi à sala e sentou no chão.

Natsu olhava para baixo e sentou à mesa dessa forma. Levei a taça dela, ela agradeceu e começou a comer. Esperei pacientemente até ele interagir comigo, mas não aconteceu. Suspirei e arrumei a mesa. Parecia que eu estava sozinha com Nashi naquele apartamento.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora