Queria deixar claro, pra quem ainda tem dúvidas: Igneel NÃO BATE na esposa.
Boa leitura!
~•~
Quando lembro que Nashi conseguiu a façanha de ficar presa debaixo do urso, minha vontade é gargalhar, igual Lucy fez.
Respirei fundo e desci do carro. A última vez que estive nessa casa, as coisas não terminaram bem e eu realmente espero que dessa vez seja tudo diferente.
Toquei a campainha e não muito depois, a porta foi aberta. Minha mãe é tão bonita e ela combina demais com o sorriso que está em seu rosto. Não pude evitar retribuí-lo e nem ao abraço apertado que recebi.
— Eu senti tantas saudades, meu filho. – me deu um beijo na bochecha. — Entra.
Não admitirei em voz alta, mas senti falta dessa casa, do cheiro e da sensação familiar.
— 'Tá tudo bem com você? – perguntei.
— Sim, ótima… Melhor agora, claro. – apertou minha mão. — Fique à vontade. Eu vou à cozinha pegar um suco. Quer comer algo? – me interrompeu. — Fiz biscoitos.
E assim ela sumiu pelo corredor.
Ouvi a porta de entrada fechar e meu pai apareceu. O ritmo da minha respiração mudou e eu preparei-me para qualquer coisa que possa acontecer agora. Lucy que me desculpe, mas não compro essa ideia de "orgulho".
— Feliz Natal. – ele falou.
Preparei-me para qualquer reação, menos essa. Senti até um certo desconcerto.
— Obrigado. – o encarei. — 'Pra você também. – e então o ambiente caiu em um silêncio.
Que situação desconfortável.
— Oh, meu amor, você chegou. – minha mãe falou ao entrar na sala e lhe deu um selinho. — Por que ainda 'tá de pé? Senta.
Ele sorriu para ela e pegou a bandeja de suas mãos, a colocando na mesinha de centro. Observava enquanto eles trocavam algumas palavras e lembrei do que Lucy me disse ontem.
"— Não acho que seu pai seja violento com sua mãe. A admiração e o amor que ele sente por ela, é tão real quanto nós dois."
Realmente, é tão claro quanto nossa existência. Ele olha para minha mãe do mesmo jeito que olho para Lucy. Não posso negar que presenciar isso me trouxe um alívio enorme.
—… deixa que eu pego. – levantou e seguiu para a cozinha.
— Você não precisa estar preparado 'pra guerra, Natsu. Eu conversei com seu pai hoje de manhã. Ele me prometeu se comportar e não causar qualquer estresse. Sem brigas. – sorriu.
— E você confia nele?
— Sim, por que não? Ele é meu marido. Se eu não confiasse, não teria me casado ou continuaria casada com ele.
— Talvez não devesse… – a olhei.
— Seu pai tem os defeitos dele, assim como eu tenho os meus, Lucy tem os dela e você os seus. – falou séria. — Somos humanos, todos temos nossos defeitos e cometemos erros. Estamos em constante evolução e você sabe disso. Não existe ser humano perfeito. Aliás, eu desconfio de qualquer um que demonstre ser assim.
Por que a conversa está indo para esse lado? Não foi para isso que eu vim.
— Aqui. – ele disse ao entrar na sala.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Mistura Perfeita
Romance[EM REVISÃO] Por causa do conservadorismo, as pessoas da cidade não gostavam de Lucy e sua liberdade, mas ela sempre suportou tudo, mesmo sendo difícil, pois possuía o apoio de quem realmente importava: sua mãe e namorado. Infelizmente, a vida não...