Capítulo 18

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~Natsu narrando.

Boa leitura!

~•~

Se eu disser que não estou com medo de ficar sozinho com minha filha, estarei mentindo. Não sei o que deu na Lucy para surgir com isso do nada, sem me deixar ter qualquer tipo de preparação mental.

Quando não era mais possível vê-la no corredor, coloquei uma Nashi chorosa no chão e fechei a porta. Ela estava ali, parada, me olhando como se perguntasse: "o que faremos?"

Se eu disser que não estou com vontade de ligar para Lucy e perguntar o que fazer agora, estarei mentindo. A menina andou até a sala e sentou no sofá, ainda choramingando e fungando. 

"Será fácil, você vai ver". Facinho. A loira mal saiu e eu não faço a mínima ideia do que fazer ou falar. Fácil, né? Suspirei.

— Q-Que 'hoias a mamãe voLta do 'tabaio? – perguntou fungando.

— A gente vai buscá-la, lembra?

— 'Agoia? – falou animada.

— Não, ela acabou de sair. Vamos só à noite.

— Hum… – ela abraçou a boneca.

Pensa Natsu, pensa.

— Essa boneca tem nome? Acho que você nunca me disse.

— Tem.

Fiquei esperando que ela completasse a frase, mas não completou.

— E qual é o nome dela?

— É 'Naiu! – falou sorrindo, olhando a boneca.

— Naiu. É um nome bem legal. – tive que me segurar para não rir.

— Não é 'Naiu, é 'NAIU. – ela revirou os olhos para mim.

— Então, Naiu. Foi o que eu disse. – sentei ao seu lado.

— Não, 'iu como a mamãe: 'Iucy.

— Ah, Lu? NaLu é o nome? – assentiu. — Que bonito, mas por que esse nome?

— Nashi e 'Iucy. – ela falou sorrindo. — Eu e mamãe.

Lembrei do que Lucy me contou sobre como escolheu o nome dela.

— Uau, você realmente é filha da sua mãe. – falei rindo.

— 'Caio. Meu 'oios é igual o 'deia. 'Oia. – abriu bem os olhos.

— Sim, eles são lindos! Você é linda! – sorri passando a mão em seus cabelos e ela corou.

— 'Xim. Mamãe disse que eu 'so uma… – colocou a mão na boca e olhou para baixo.

— "Uma" o quê? Me conta. – ela negou. — Por quê? Sua mãe que falou, então deve ser uma coisa bem legal. – confirmou.

— 'Eia disse que eu 'so a 'mistuia 'pefeita 'deia e de você. 

Tem como não ficar maravilhado ao ouvir algo assim? 

— Ela tem toda razão! Eu sabia que tinha sido algo muito legal.

— Mamãe é muito 'iegal 'memo! – levantou a mãozinha e começou a contar com os dedinhos. — 'Espeta, 'inda, faz comida gostosa, faz a 'dô 'passa, me dá beijinho e eu amo a mamãe! – falou com os olhos brilhando e um lindo sorriso.

Lucy é tão amada.

— Sim, ela é tudo isso e mais ainda. – ela balançou a cabeça. — Eu também amo sua mãe. – fui impulsivo e ela me encarou. Temi ter dito algo que não devia.

A Mistura PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora