A Mistura Perfeita

Capítulo 71

~Novo apartamento.~

'copo = corpo.

'iviio = livrinho.

Boa leitura!

~•~

Deixei a última caixa no chão e joguei-me no sofá, soltando um longo suspiro no processo.

Finalmente a mudança estava completa.

Eu não trouxe móveis, mesmo assim foi trabalhoso e demorado. Mudar sempre é tão cansativo.

Confesso que bate um desânimo só de pensar que a seguir vem a fase da arrumação. Sorte que não estarei sozinha para fazer isso e poderei contar com Natsu.

- Cansou, mulher? - perguntou.

- O que me entregou? Estar sentada, suspirando pelos cantos ou as diversas reclamações que fiz ao longo da tarde? - brinquei e ele riu.

Levou a caixa aparentemente pesada para a cozinha. Duvido que a essa altura do campeonato eu não a deixaria por aqui mesmo.

Ainda bem que o conteúdo dessa última que trouxe pertence a sala, assim posso deixá-la neste cômodo.

- 'Po que ninguém me ajuda?! - revirei os olhos diante de mais uma série de reclamações. - Mamãe, 'socoio, eu não aguento mais. - exagerava na respiração pesada. - Eu vou 'moie com esse peso todo!

Lá vinha Nashi, carregando uma caixa com seis ursinhos de pelúcia e duas bonecas.

- 'Tá pesada, filha? - ele perguntou e entregou-me uma garrafinha, sentando-se ao meu lado.

- Muito! - pôs a caixa no chão e passou o dorso da mão na testa, como se estivesse limpando o suor, que obviamente não estava ali.

- Agora que você já descansou um pouco, pega e leva essa caixa 'pro quarto. - ele disse e ela arregalou os olhos. - Vamos deixar as caixas nos cômodos certos, 'pra ficar mais fácil na hora de arrumar tudo. - a menina ia dizer algo, mas foi interrompida. - Não no quarto da sua mãe e sim no outro.

- Mas 'tá muito pesado. Eu 'case não consegui 'tazê. - reclamou. - 'Oia só 'miia mãos. - mostrou as palmas e não havia nada de diferente nelas.

- Quase não conseguiu, mas trouxe, ou seja, no final conseguiu. - falei. - Você 'tá muito reclamona, Nashi. Para de reclamar e leva logo essa caixa 'pro quarto vazio. Anda.

- Mas mamãe...

Inclinei e peguei o chinelo.

- Vai. - falei.

Fez bico, agachou e segurou a caixa.

- Tudo eu! 'Sempe eu! 'Miia costas vai 'fica doendo, aí eu 'queio só 'vê. - começou a murmurar. - Isso 'tá 'eiado! Só eu faço as coisa nessa casa! - fingiu fazer uma força descomunal para levantar a caixa do chão. - Ah, que pesado!

Joguei o chinelo no chão e o calcei.

- Parece você, Luce. - disse rindo.

- Ah, mas eu já tenho idade 'pra reclamar. - ri.

- Quero ver esse "tenho idade" quando a gente for batizar o apartamento. - ri e lhe dei uma cotovelada.

Nossa, Natsu só pensa nisso.

A quem eu quero enganar, não é mesmo? Estou ansiosa por esse momento.

- Mamãe, já botei 'iá. - parou na minha frente e depois sentou entre nós. - Ufa! - assoprou. - 'Queio 'aga também. - entreguei minha garrafa e ela bebeu.