°•Capítulo: 10•°

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Dulce Maria.

Uma hora e meia. Uma hora e meia sentada nesse sofá olhando para a televisão desliga, só esperando alguma bendita notícia.

O silêncio era predominante no ambiente, o que só o deixava mais ainda desconfortável. Suzana estava inquieta no sofá batendo os pés nervosa olhando para o telefone que estava em total silêncio; meu pai segurava a mão dela e acariciava seus cabelos tentando a acalmar,mas pelo jeito isso não estava funcionando de maneira alguma.

Lorena estava sentada do meu lado abraçada com Lívia, e minha tia e meu tio estavam do lado das duas. Em um minuto depois de uma eternidade o telefone toca pela primeira vez.

Suzana levanta rapidamente, tirando o telefone do gancho o levando até seu ouvido; e depois de dizer algumas simples palavras ela deixa o telefone cair no chão e se vira abraçando meu pai.

Eu: O que aconteceu? - Não sei se eu temia mais a pergunta ou a resposta que viria a seguir.

Suzana se virou em minha direção, as lágrimas já escorrendo de seus olhos avelã enquanto ela abria e fechava a boca tentando buscar palavras.

Suzana: Precisamos ir para o hospital.

Essas palavras.

Essas malditas palavras parecem sempre me perseguir para onde eu vou, não importa o lugar, não importa o dia, menos ainda o horário.

São sempre essas malditas palavras que fazem meu coração quase sair pela minha boca.

E são essas malditas palavras que sempre me dão vontade de fazer algo realmente estúpido.

﹌﹌≛﹌﹌

Suzana: Onde meu filho está?! - A recepcionista se vira assustada. Suzana bate os dedos pelo balcão impaciente.

Recepcionista: Boa noite, senhora. Qual seria o nome do seu filho?

***: Ela é a mãe do menino. - Minha respiração ficou presa na minha garganta quando me virei para trás.

Era claramente um policial, não sou estupida, o uniforme claramente tinha manchas de sangue no colarinho, as marcas vermelhas ainda estavam abaixo de suas unhas.

Suzana: Meu filho, por favor, eu preciso saber onde ele está. Me diga por favor. - A voz de suazana soava desesperada.

O policial não vacilou segundo algum, parecia ser feito de pedra sem sentimentos.

Pai: Suzana, fique calma.

Suzana: Não vou me acalmar até saber onde meu filho está! - Meu pai soltou um barulho rouco soltando o braço da mulher.

Irritado ele cruzou os braços sobre o peito e encarou o policial.

Policial: Seu filho estava em um carro junto com uma garota que provavelmente estava dirigindo o veículo. O carro acabou batendo em um poste de luz, não sabemos ainda ao certo quantas vezes ele capotou no barranco. Seu filho conseguiu sair do veículo antes da explosão. Mas se machucou muito. Encontramos ele inconsciente. A garota que estava dirigindo não suportou e acabou vindo a óbito.

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