°•Capítulo: 47•°

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Capítulo 47

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Capítulo 47

Melissa

   Minha respiração já estava em um ritmo descontrolado, meu coração batendo forte enquanto as lágrimas rolavam pelas minhas bochechas. Minhas mãos tremiam enquanto eu as enroscava em meus cabelos e escondia meu rosto inchado. Era difícil me acalmar, era difícil saber até o motivo exato do porquê eu estar daquele jeito. Mas eu só sei de uma coisa, isso é horrível.
    Abraço meus próprios joelhos tentando conter minhas próprias lágrimas, meu choro. Eu estava sozinha, sentada alí no chão do meu banheiro sendo envolvida pelo vapor que saia da água quente do chuveiro.
   A única coisa que eu queria era gritar, tirar esse buraco doloroso do meu coração, ter alguém para me abraçar e dizer que tudo vai ficar bem, que as coisas vão melhorar, que eu não estou sozinha. Mas isso é mentira. Eu estou sozinha, ninguém se importa. Eu não sei o que eu fiz, por que ninguém se importa? Por que ninguém me ama? Por que eu estou sozinha? Eu não tenho ninguém, ninguém da minha família está vivo.
    O ar some dos meus pulmões. Escondo meu rosto entre minhas mãos ainda sentindo as lágrimas queimarem ao escorrerem de meus olhos.

    Não. Henry se importa comigo. Meu melhor amigo se importa comigo, eu posso contar com ele. Ou talvez eu só esteja o irritando. Nem eu mesma gosto de mim, por que ele teria que gostar? Por quê ele teria que se importar? Por quê alguém teria? Eu não tenho significância nenhuma nesse mundo. Minha vida é uma tremenda merda, eu sou uma merda. Uma vadia que se vendeu só para conseguir um mísero trocado. Vendi minha inocência. Me sinto suja da pior forma possível. A única coisa que eu quero é que essa dor pare. Quero que esse buraco dentro de mim desapareça.

     Seguro a pequena lâmina reluzente que estava caída do meu lado no chão, e a aperto contra a pele gelada do meu pulso. O sangue escorre, vermelho escuro, pingando no chão. Mordo meu lábio inferior, tento focar apenas naquela dor, o barulho ao redor diminuí, minha respiração acelera mais uma vez junto com meu coração e meu próximo corte.

Você é inútil.

Ninguém se importa.

Você está sozinha.

Por que você existe?

Garota ridícula.

Ridícula, inútil, vadia, sozinha.

Pensamentos rodavam minha mente, vários ao mesmo tempo. Meus braços caem, um de cada lado de meu corpo, fracos, assim como eu. As lágrimas ainda caíam, silenciosas. A dor externa agora era mais forte do que a interior. O remédio agora estava começando a fazer efeito. Meus olhos pesavam cada vez mais. Minha respiração agora estava fraca. Jogo minha cabeça para trás na parede, e encaro o teto branco, as luzes girando e piscando várias vezes. Nada mais rondava minha mente. Nada mais me perturbava. Pelo menos até o efeito acabar, e o inferno começar novamente.

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