°•Capítulo: 13•°

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Dulce Maria

 

Algo estava errado. Você não tinha que os conhecer, você não tinha nem que ser tão esperto para perceber. Quando Henry entrou na casa, Andrew praticamente se jogou para fora do carro, mantendo a porta aberta ele apontou para o banco do passageiro.

Andrew: Você pode ficar no banco da frente. — Não parecia muito educado, e sim mais uma ordem.

Quando eu prendi o cinto de segurança, ele se sentou no banco atrás do meu. O queixo apoiado na palma da mão enquanto olhava pela janela, o olhar parecia perdido.

Henry demorou uns três minutos para voltar, olhou para Andrew sentado no banco de trás e sua carranca ficou mais profunda e irritada, a porta bateu com tanta força que eu temi que o vidro se quebrasse.

Andar de carro com Henry já era estranho, mais estranho ainda era quando ele estava junto com o namoradinho dele, e quando eles claramente estavam brigados.

O clima parecia uma bomba prestes a explodir, qualquer palavras sem o mínimo de cuidado poderia causar um grande estrago.

Realmente um Grande estrago.

Henry era explosivo, Andrew não parecia ser muito calmo também, os dois juntos eram uma combinação estranha, os dois brigados seriamente um com o outro, era algo perigoso.

Henry parou em frente a um lugar que aparentemente era uma biblioteca,  pelo que a placa dizia.

Andrew nem esperou o carro parar direito antes de sair, a porta batendo com menos força enquanto ele corria para dentro do prédio. Henry suspirou exausto, voltei meus olhos para ele que encarava o garoto loiro conforme ele corria para longe.

Eu: O que aconteceu? — Perguntei, não esperava uma resposta adequada, Henry raramente dizia algo a respeito de sua vida, e quando dizia, claramente ele precisava de ajuda.

Henry: Ele disse algo horrível em francês e ficou bravo como se a culpa por ser um idiota fosse minha.

Eu: Ok. — Exaustão tomou conta de meus ossos quando eu abri a porta e desci do carro, Henry me encarou como se eu fosse estranha. — Vá conversar com ele e resolver essa merda.

Henry: Pensei que eu iria te levar até o hospital?

Eu: São vinte minutos de caminhada daqui até lá, posso me virar enquanto você resolve os problemas em seu relacionamento.

Fechei a porta quando henry começou a murmurar um: 'não é um relacionamento'

Eu não me importava com ele, não me importava com esses problemas estúpidos, eu estava cansada e precisava ver Mateus, precisava que ele acordasse, precisava que isso tudo fosse um pesadelo, precisava acordar desse pesadelo.

࿔᭄ྀ☆☆☆࿔᭄ྀ

  Eu definitivamente odiava hospitais. Os odiava pelas diversas vezes que eu precisei estar em um, e eu definitivamente não queria que Mateus estivesse em um hospital, não dessa maneira, não em coma.

Respire, inspire. Respire, inspire. Respire, inspire.
Mantenha a calma.

Ajeitei a pulseira de visitante em meu pulso, minha blusa estava um pouco levantada, a tatuagem de estrelinhas e corações apareciam. Abaixei a manga da blusa e abri a porta.

Minha Estrela Brilhante Onde histórias criam vida. Descubra agora